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Empresa "desestatizadora" de Doria avança na Câmara

Criação de uma empresa específica é o primeiro passo no programa de privatizações do prefeito de São Paulo

João Doria: ritmo rápido da aprovação do projeto dividiu vereadores (Nacho Doce/Reuters)

João Doria: ritmo rápido da aprovação do projeto dividiu vereadores (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2017 às 13h12.

Última atualização em 12 de abril de 2017 às 13h15.

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite desta terça-feira, 11, em primeira votação, projeto de lei que altera a estrutura da estatal SP Negócios e cria a SP Parcerias, empresa que vai viabilizar o plano de desestatização do prefeito João Doria (PSDB). A criação dela é o primeiro passo para que as vendas e concessões tenham início.

A SP Parcerias será uma pessoa jurídica sob a forma de sociedade de ações, mas vinculada à Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias.

A ideia da equipe de Doria é transferir à empresa ativos -- como terrenos e prédios -- para que a empresa faça a gestão desses locais e, dependendo do caso, as concessões à iniciativa privada, as Parcerias Público-Privadas (PPPs) ou mesmo a venda desses bens.

O ritmo rápido da aprovação do projeto dividiu vereadores. O texto deu entrada na Câmara no dia 27 e foi colocado em plenário antes da aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que havia recebido o texto na segunda-feira.

A votação foi vista como uma manobra pela oposição, mas o texto foi aprovado por 34 votos a 9.

Antes de ser levado para a sanção do prefeito, o texto precisa ser aprovado em mais uma votação no Legislativo municipal.

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