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Emprego em alta garante expansão de 4% do PIB em 2011

Ex-diretor do BC diz que a confiança dos consumidores evitará uma queda de ritmo exagerada na economia do país

Ex-diretor do BC Carlos de Freitas diz que o consumo será o carro-chefe do crescimento (Cristina Bocayuva/CNC)

Ex-diretor do BC Carlos de Freitas diz que o consumo será o carro-chefe do crescimento (Cristina Bocayuva/CNC)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 13h18.

São Paulo - O bom nível de emprego no Brasil será crucial para que a economia do país não desande em 2011. Para o ex-diretor do Banco Central Carlos Thadeu de Freitas, a situação favorável no mercado de trabalho contribuirá para que o PIB do país cresça em torno de 4% neste ano.

"Com o baixo desemprego, os brasileiros ficam mais confiantes. Isso faz com que continuem comprando, se endividando", diz Freitas. Assim, a tendência é que seja preservada aquela que é a força-motriz da expansão da economia nacional - o consumo das famílias.

Segundo dados do IBGE, esta categoria contribuiu com uma participação de mais de 60% no PIB em 2010. Neste ano, a situação não deve ser diferente. Entretanto, o ex-diretor do BC, e economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), lembra que uma desaceleração do consumo é esperada para os próximos meses.

As medidas do Banco Central para combater a inflação devem fazer o brasileiro gastar menos. Como resultado, o impulso que esta fatia da economia garante ao aumento do PIB será menor. "Vai haver retração, mas é claro que não chegaremos ao ponto de crescer pouco. Ficaremos em torno de uns 4%, e o consumo ainda será o carro-chefe."

Freitas acrescenta que, apesar da desaceleração no consumo, os ajustes que o BC vem fazendo na política monetária são positivos. Para ele, a decisão de elevar os juros em 0,5 ponto percentual foi correta, já que a economia como um todo mostra sinais de desaquecimento. "Não era preciso um aumento mais intenso", afirma.

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