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Emigração de brasileiros para Israel sobe em 2015

O caso de maior destaque é o do Brasil, que viu sua emigração para Israel crescer cerca de 50% nos últimos anos


	Jerusalém: "De janeiro a julho chegaram 109 pessoas, 35 procedentes do Brasil, 29 da Argentina, 11 do Uruguai, nove do Peru, cinco do Chile e três da Colômbia"
 (Thinkstock)

Jerusalém: "De janeiro a julho chegaram 109 pessoas, 35 procedentes do Brasil, 29 da Argentina, 11 do Uruguai, nove do Peru, cinco do Chile e três da Colômbia" (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 11h50.

Jerusalém - A emigração judaica da América Latina a Israel aumentou 7% em 2015 em relação ao ano passado, informou à Agência Efe a Agência Judaica, que destacou especialmente o aumento no número de brasileiros.

"Notamos um aumento da imigração latino-americana. De janeiro a julho chegaram 109 pessoas, 35 procedentes do Brasil, 29 da Argentina, 11 do Uruguai, nove do Peru, cinco do Chile e três da Colômbia", explicou Yigal Palmor, porta-voz da Agência Judaica.

O caso de maior destaque é o do Brasil, que viu sua emigração para Israel crescer cerca de 50% nos últimos anos.

Em 2012 emigraram para Israel 191 brasileiros, no ano seguinte o número subiu para 205 e em 2014 chegou a 276, assinalou Palmor, dados que, segundo ele, parecem mostrar uma tendência crescente consolidada.

Os motivos para os judeus americanos decidirem emigrar são várias, entre elas a crise econômica e a insegurança, mas, para Palmor, "o relevante é que escolham Israel".

"Os brasileiros poderiam ir para muitos outros lugares, mas escolhem Israel porque existe um laço muito forte cultural e, em alguns casos, religioso que os une ao país", afirmou.

A Agência Judaica, responsável pela imigração de judeus do mundo todo, não pergunta aos recém-chegados suas motivações para emigrar, por isso não há dados nesse sentido, mas acredita ser, em geral, uma mistura de perseguir o sonho sionista clássico e outras aspirações e motivações pessoais, como mudar de vida e ter novas oportunidades.

"Escolher Israel como país em que quer desenvolver sua vida e dar oportunidades a seus filhos pode ser definida como uma (escolha) sionista porque expressa uma fé no futuro deste país e mostra o vínculo íntimo que existe" entre o Estado e os judeus, acrescentou.

A Agência Judaica apoia a integração dos recém-chegados com diversos programas, desde um curso de hebraico intensivo para imigrantes até empréstimos com condições especiais para estudar, comprar uma casa ou estabelecer um negócio.

Embora não haja números concretos, especialistas estimam que cerca de 15% dos novos imigrantes, que recebem o passaporte israelense após comprovar que têm pelo menos um avô judeu, retornam aos seus países ou procuram outro destino após algum tempo.

Em 2014, 26.429 imigrantes judeus chegaram a Israel, número bastante superior ao do ano anterior, quando foram 19.012.

"Está claro que os ataques antissemitas que aconteceram aqui influenciaram no sentimento de insegurança dos judeus, por exemplo o da França, mas há outras considerações pessoais, econômicas, de falta de oportunidades, religiosas, para se reunir com sua família aqui, como o sentimento de voltar à terra ancestral ou o desejo de viver em um país onde a cultura majoritária é a judaica", disse Palmor.

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