Há duas semanas, Marcelo Freixo, do PSOL, ficou de fora do debate da Band entre os candidatos à prefeitura do Rio e reuniu milhares de eleitores no Centro do Rio para protestar e comentar as respostas de seus adversários. Acabou sendo mais comentado nas redes sociais que quem estava dentro do estúdio – salvo pela queda de pressão de Flávio Bolsonaro, do PSC, que precisou abandonar o programa.

Hoje, após liberação do Supremo Tribunal Federal, ele estará no palco em debate promovido pela Rede TV!. A dúvida é o quanto poderá tirar proveito disso. O plano do PSOL é convidar os militantes para assistir o programa pelos bares da cidades, e continuar fazendo barulho nas redes sociais – o debate começa às 22h de uma sexta-feira. “Quase ninguém vai estar na frente da TV, as redes sociais é que valerão”, diz Freixo.

Outra questão a se observar é a estratégia dos candidatos em relação a Marcelo Crivella, do PRB, líder isolado com cerca de 28% das intenções de voto. Assim como acontece com seu colega de partido em São Paulo, Celso Russomano, ele está com os dois pés no segundo turno e, até agora, tem sido poupado pelos adversários. A três semanas do primeiro turno, a disputa mais acirrada é pela segunda vaga. Freixo tem leve vantagem sobre Bolsonaro (11% a 9%), com Jandira Feghali (PCdoB) e Pedro Paulo (PMDB) mais atrás (7% a 5%).

A EXAME Hoje, Freixo afirmou que o objetivo maior é segurar Pedro Paulo. Ele tende a crescer na reta final com o apoio do prefeito Eduardo Paes e pode ganhar novo impulso com os Jogos Paralímpicos. “Vou apresentar meu programa e quero debater as melhores propostas para a cidade”, diz. “Mas está na hora de derrotar o PMDB no Rio, e esse é meu objetivo”.