Brasil

Em vídeo, Witzel ensina "engenharia" dos juízes para receber gratificação

Candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro, o ex-juiz Wilson explica o acordo que fazia quando ainda trabalhava na Justiça Federal

Witzel: juíz conta como incorporava a gratificação de acúmulo ao seu salário, além dos auxílios-moradia e alimentação (Wilson Witzel/Facebook/Reprodução)

Witzel: juíz conta como incorporava a gratificação de acúmulo ao seu salário, além dos auxílios-moradia e alimentação (Wilson Witzel/Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de outubro de 2018 às 10h15.

Rio - Candidato ao governo do Estado do Rio de Janeiro, o ex-juiz Wilson Witzel (PSC) aparece em um vídeo explicando o acordo que fazia quando ainda trabalhava na Justiça Federal para incorporar a gratificação de acúmulo ao seu salário, além dos auxílios-moradia e alimentação. No vídeo, revelado pelo jornal O Globo neste sábado, 13, o candidato conta a "engenharia" elaborada por ele e pelo seu substituto para receber mais R$ 4 mil todo mês.

"Os juízes hoje estão recebendo auxílio-moradia, auxílio-alimentação e a gratificação de acúmulo, que eu sei que na Justiça do Trabalho é muito mais difícil de receber. Mas na Justiça Federal praticamente todos os juízes recebem a gratificação de acúmulo que é de R$ 4 mil. Eu recebo. Expulsei o juiz substituto da minha Vara. Falei: 'negão, ou você vai ficar um ano fora ou vou te expulsar da Vara'. Brincadeira, adoro meu juiz substituto, mas se ele ficar eu não recebo. E aí a gente fez uma engenharia. Todo mês, 15 dias do mês o juiz substituto sai da Vara", afirma Witzel no vídeo.

Não há informação de quando e para que plateia a afirmação foi feita. Procurada, a assessoria de imprensa do candidato não respondeu aos questionamentos da reportagem. O jornal O Globo traz uma resposta da assessoria, que alega que"todos os auxílios a que magistrados têm direito estão previstos na Lei Orgânica da Magistratura. O candidato, que é ex-juiz, defende que o Congresso Nacional discuta com a população as alterações na Lei. Caso tivesse apego a privilégios, Wilson Witzel não teria deixado de ser juiz" para se candidatar ao cargo de governador.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Rio de JaneiroWilson Witzel

Mais de Brasil

Após prever reforma ministerial até dia 21, Rui Costa diz que Lula ainda começará conversas

Fuvest antecipa divulgação da lista de aprovados na 1ª chamada do vestibular para esta quarta

Governo Lula se preocupa com o tom usado por Trump, mas adota cautela e aguarda ações práticas

Lula mantém Nísia na Saúde, mas cobra marca própria no ministério