Jair Bolsonaro: pacto de migração com a ONU foi um dos assuntos comentados (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 18 de dezembro de 2018 às 20h15.
Última atualização em 10 de janeiro de 2019 às 20h21.
São Paulo - Em transmissão ao vivo feita na tarde desta terça-feira, 18, pelas redes sociais, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, se propôs a comentar as notícias dos últimos dias relacionadas a ele. No entanto, ignorou as movimentações financeiras atípicas identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) na conta de Fabricio de Queiroz, ex-assessor do seu filho Flávio Bolsonaro, deputado estadual no Rio de Janeiro] pelo PSL e senador eleito pelo mesmo Estado.
No início do vídeo, o presidente eleito avisa: "eu vou dar uma satisfação das coisas que vêm acontecendo comigo nos últimos dias". Em seguida, admite que não será fácil governar pelos próximos quatro anos. "A barra vai ser pesada. Ninguém acreditava. Aqueles que sempre estiverem no poder não acreditavam que a gente pudesse obter essa vitória. Teremos problemas pela frente, sim. Mas acredito em Deus e no apoio de vocês", disse.
Entre os assuntos comentados por Bolsonaro estão o pacto de migração com a ONU, os convites que foram desfeitos aos chefes de Estado de Cuba e Venezuela para a sua posse e a possível exploração das reservas indígenas Raposa Serra do Sol.
Em relação ao pacto com a ONU, o presidente eleito reafirmou que pretende revogar o acordo. "Não podemos concordar com isso daí", disse. "Não somos contra imigrantes, mas para entrar no Brasil tem de ter um critério rigoroso", acrescentou.
Sobre Cuba e Venezuela, repetiu que países que não contam com eleições ou fazem eleições fraudulentas não podem participar de uma "festa da democracia", em referência à posse.
As reservas indígenas ficaram para o fim da transmissão. Nesse momento, ele reiterou que, na opinião dele, os índios querem se integrar à sociedade e que, por isso, as reservas podem ser exploradas "com racionalidade" e "em benefício do próprio povo indígena". "Quem sabe o STF (Supremo Tribunal Federal) acorde para isso e nos ajude", disse.