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Em SP, Covas é o candidato que mais recebe doações de pessoas físicas

A campanha do tucano arrecadou R$ 1.824.285 de 51 doadores. Os outros nove candidatos que receberam doações de pessoas físicas receberam R$ 1.019.327,20

Bruno Covas: o prefeito paulista tem 16 doadores com o mesmo sobrenome: Benassi (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Bruno Covas: o prefeito paulista tem 16 doadores com o mesmo sobrenome: Benassi (Rovena Rosa/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de novembro de 2020 às 14h40.

Última atualização em 9 de novembro de 2020 às 20h36.

O prefeito Bruno Covas (PSDB), que tenta a reeleição, é o candidato que mais recebeu doações de dinheiro vindas de pessoas físicas direto para sua campanha, de acordo com informações que constavam no portal Divulgacand, o site de informações oficiais sobre eleições do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na tarde de sexta-feira, dia 6. As informações não levam em conta o que foi coletado por financiamento coletivo. Também foram desconsideradas doações de serviços ou cessões de espaços.

Covas tem 16 doadores com o mesmo sobrenome: Benassi. Apesar de os repasses dos membros da família totalizarem R$ 191.965,00, auxiliares da campanha não sabem dizer qual o vínculo deles com o prefeito paulista. A campanha do tucano arrecadou R$ 1.824.285 de 51 doadores. Os outros nove candidatos que receberam doações de pessoas físicas (excluindo vaquinhas virtuais) receberam R$ 1.019.327,20.

Segundo maior valor por meio de doações diretas de pessoas, o deputado estadual Arthur do Val (Patriota), conhecido como "Mamãe Falei", juntou R$ 377.440,26 de 317 doadores.

Celso Russomanno (Republicanos) obteve R$ 130.000. Apesar de tentativa de aproximação com empresários bolsonaristas, o candidato, que é apoiado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, conseguiu até o momento apenas seis apoiadores financeiros.

O maior doador da campanha de Russomanno é o empresário Otavio Oscar Fakhoury, do ramo imobiliário, que deu R$ 110 mil. Aliado de Bolsonaro, Fakhoury é investigado no inquérito das fake news, por ter supostamente ajudado a financiar o gabinete do ódio, ao lado de outros nomes como Edgard Corona, dono da rede de academias Bio Ritmo, e Luciano Hang, da Havan.

Russomanno fez jantares com empresários bolsonaristas em busca de apoio para a campanha. Em um deles, no restaurante Président, do chef francês Erick Jacquin, do programa Master Chef, da TV Bandeirantes, o secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Fábio Wajngarten, esteve presente, ao lado de Flávio Rocha, da Riachuelo; João Appolinário, da Polishop, e Lirio Parisotto, da Videolar. Além dos seis financiadores, Russomanno registrou uma doação do próprio bolso, no valor de R$ 100.

Guilherme Boulos (PSOL) obteve R$ 136.518,87 de 18 doadores. Entre eles estão Joel Luis Thomaz Bastos, Angela Castello Branco Mariz de Oliveira - mulher do criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira -, e o jurista Celso Antônio Bandeira de Mello.

Andrea Matarazzo (PSD) conseguiu uma quantia semelhante à de Boulos, R$ 135.000. O dinheiro, no entanto, vem de apenas quatro financiadores. A campanha de Marina Helou (Rede) arrecadou R$ 124.919,07 de 36 pessoas. A verba dos oito contribuintes da campanha de Orlando Silva (PCdoB) soma R$ 102.114. Vera Lúcia (PSTU) conseguiu R$ 12.535,00 de 13 pessoas.

Márcio França (PSB) conta apenas com R$ 800 de três doadores. O valor não leva em conta o alto volume de doações que o candidato peessebista recebeu em prestação de serviços e cessões de espaços.

Joice Hasselmann (PSL), Antônio Carlos (PCO), Levy Fidelix (PRTB) não têm doações de pessoas físicas. Jilmar Tatto (PT) está em situação semelhante - sua única doação foi um serviço prestado, não transferência de dinheiro.

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