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Em SP, Campinas reabre hospital de campanha para pacientes de covid-19

A maior cidade do interior paulista, com 1,2 milhão de habitantes, enfrenta aumento nos casos e nas internações pela doença

A UPA atende em média 210 pacientes por dia que agora, não sendo casos de covid, devem ser atendidos por outras unidades (Internet/Reprodução)

A UPA atende em média 210 pacientes por dia que agora, não sendo casos de covid, devem ser atendidos por outras unidades (Internet/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de novembro de 2022 às 08h54.

A prefeitura de Campinas, cidade do interior de São Paulo, decidiu reabrir o hospital de campanha para internação de pacientes com covid-19. O município ampliou também a "forte recomendação" do uso de máscara, já em vigor em ambientes fechados, para o transporte coletivo municipal. A maior cidade do interior paulista, com 1,2 milhão de habitantes, enfrenta aumento nos casos e nas internações pela doença.

O hospital de campanha vai funcionar a partir desta sexta-feira, 25, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Carlos Lourenço, que será fechada nesta quinta, 24, para a transferência dos pacientes que não estão com covid e adequação das instalações. A reabertura da unidade oferecerá 23 leitos exclusivos para covid, sendo 18 de enfermaria, dois de isolamento e três com suporte respiratório para urgências.

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A UPA atende em média 210 pacientes por dia que agora, não sendo casos de covid, devem ser atendidos por outras unidades.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, é a terceira vez que a unidade se transforma em hospital de campanha para o enfrentamento da covid-19. As anteriores foram entre julho e agosto de 2020, na primeira onda da pandemia, e entre janeiro e novembro de 2021, nas duas ondas seguintes.

Agora, a cidade convive com aumento de casos e internações devido à circulação de variantes do coronavírus. Esta semana, a rede municipal do Sistema Único de Saúde (SUS) atingiu 100% de ocupação dos leitos gerais.

Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, mais de 75% das 55 pessoas internadas com covid-19 em Campinas entre 28 de agosto e 19 de novembro estavam com o esquema vacinal incompleto.

Do total de internados, 13 foram para a UTI e, destes, dez não tinham recebido todas as doses recomendadas. Conforme a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) Andrea von Zuben a vacina está disponível em 66 centros de saúde da cidade e não há necessidade de agendamento prévio.

Nesta quarta, o comitê municipal de enfrentamento da pandemia recomendou "fortemente" o uso de máscara no transporte coletivo municipal. Desde o último dia 17, a recomendação já vale para "ambientes pouco ventilados", inclusive no comércio.

Entre 30 de outubro e 5 de novembro a cidade registrou 434 casos positivos, total que subiu para 799 na semana seguinte, alta de 84%. Os atendimentos no SUS municipal subiram de 3.122 para 5.033 nos mesmos períodos. Na semana de 13 a 19 deste mês, foram 6.083 casos atendidos.

Outras cidades do interior de São Paulo passaram a recomendar o uso de máscaras em ambientes fechados depois do aumento nos casos de covid-19.

A Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto pediu que a população volte a usar o protetor facial em ambientes fechados, com aglomerações de pessoas e, principalmente, no transporte coletivo.

Em Presidente Prudente, o uso de máscara voltou a ser recomendado e já faz parte da rotina dos moradores. De acordo com a secretária de Saúde, Márcia Lima Dantas, houve aumento de 250% nos casos positivos este mês, em comparação com o mesmo período de outubro.

Em Araçatuba, a recomendação da máscara inclui shoppings e supermercados. Em Ourinhos, a Santa Casa já tem paciente com covid-19 na fila por internação e decidiu suspender a entrada de crianças, idosos e pessoas com sintomas gripais para visita aos pacientes internados.

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