Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 3 de junho de 2024 às 15h15.
Última atualização em 3 de junho de 2024 às 15h53.
O número de pessoas que se identificam politicamente tanto mais à direita quanto mais à esquerda na cidade de São Paulo cresceu nos últimos dez anos, segundo a pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, 3, pelo jornal Folha de S. Paulo. A quantidade de direitistas subiu oito pontos percentuais (p.p.), e de esquerdistas aumentaram sete p.p. na última década.
Na pesquisa, 28% se dizem de direita ante 21% que afirmam que são de esquerda. O número de pessoas que se dizem de centro é de 22%, enquanto 8% não sabem. Somado as pessoas que se dizem de centro-direita e de centro esquerda, o número dos campos vai a 40% e 31%, respectivamente.
Essa é a quarta vez que o Datafolha mede o posicionamento político do paulistano. Na comparação histórica, o número de pessoas que se dizem de direita voltou ao patamar registrado em 2003, quando foi de 27%. Já os que se dizem esquerdistas chegaram ao maior percentual da série história, após marcar 14% em 2013.
Para chegar no resultado, os pesquisadores perguntaram para as pessoas qual era o seu posicionamento numa escala que vai de 1, como máximo de esquerda, e 7, o mais à direita. A nota média da cidade foi de 4,3, mais próxima da direita, segundo a pesquisa. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos em levantamento realizado entre os dias 27 e 28 de maio.
O levantamento também questionou o número de pessoas que se consideram petistas e bolsonaristas. Os números ficaram estáveis na comparação com o levantamento realizado em agosto de 2023. Na capital, 31% se declararam petistas, ante 19% afirmaram que eram seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O que afirma ser neutro ocupa 23% na cidade de São Paulo.
O Datafolha ouviu neste levantamento contratado pela Folha 1.092 eleitores na capital. A pesquisa está registrada sob o código 08145/2024 na Justiça Eleitoral.