O presidente do PP Ciro Nogueira: “A maioria quer o apoio à presidente. Já está sacramentado o apoio" (Marcello Casal Jr/ABr)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2014 às 15h44.
Brasília - O PP anunciou hoje (25) o apoio à reeleição de Dilma Rousseff. A decisão foi tomada pela Executiva Nacional, em uma rápida reunião no gabinete do presidente da legenda, Ciro Nogueira. Antes, a convenção nacional havia terminado de maneira tumultuada com várias lideranças divididas sobre o apoio à candidatura do PT.
“A maioria quer o apoio à presidente. Já está sacramentado o apoio”, disse Ciro Nogueira, depois da reunião da Executiva Nacional. Segundo Ciro, dos 27 diretórios, apenas dois – Minas Gerais e Rio Grande do Sul – foram contrários na convenção. “Sempre ouvimos democraticamente a todos. São 27 diretórios e apenas dois se rebelaram de forma inadequada. A senadora Ana Amélia não é a única membro da convenção”.
Na convenção nacional, que ocorreu antes da reunião da Executiva, um grupo liderado pela senadora Ana Amélia, pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul, e pelo governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, apresentou uma moção propondo, a exemplo do que foi feito em 2010, a neutralidade do partido na disputa presidencial deste ano. A ideia era que oficialmente a legenda não apoiasse nenhum candidato, e que assim o tempo de rádio e TV da sigla fosse dividido entre os candidatos.
A divergência começou quando, apesar dos apelos de vários integrantes, o presidente do PP, Ciro Nogueira, decidiu não colocar a moção, apoiada pelos diretórios do RS, de MG, SC, GO, do RJ, AM e CE em votação. Sob muitos protestos, ele colocou em votação simbólica uma resolução que transfere para a Executiva Nacional do partido a palavra final sobre o apoio à aliança com Dilma. Em meio a gritos e vaias de convencionais, Nogueira declarou que a resolução havia sido aprovada e encerrou a convenção, sem falar com a imprensa. Logo em seguida, o presidente foi para o gabinete e, pouco depois, anunciou que a Executiva havia tomado a decisão de apoiar a reeleição de Dilma.
“Nós entendemos que esta convenção está sem validade, não houve deliberação da manifestação dos convencionais. Eu penso que essa convenção está sem efeito legal. Saio daqui não feliz como eu gostaria, não aceitamos um prato feito, uma convenção de cima para baixo”, reclamou Ana Amélia. De acordo com a senadora, o grupo pró-neutralidade vai estudar o que pode ser feito para anular a convenção.
O partido decidiu ainda que os diretórios estaduais estão livres para formar alianças, independentemente da aliança nacional.