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Em reação ao MEC, alunos fazem campanha para mostrar situação das escolas

Em reação ao ministro da Educação, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas pede que alunos gravem precárias condições das escolas do país

Protesto no Senado: Pedro Gorki, presidente da UBES, protesta contra ministro da Educação (Geraldo Magela/Agência Senado)

Protesto no Senado: Pedro Gorki, presidente da UBES, protesta contra ministro da Educação (Geraldo Magela/Agência Senado)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 11h30.

São Paulo — Em reação à carta enviada pelo ministro da Educação, Ricardo Veléz Rodriguez, pedindo para que instituições de ensino gravem os alunos cantando o hino nacional, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) lançou uma campanha nas redes sociais para expor os graves problemas da escolas brasileiras. 

Pela hastag #MinhaEscolaDeVerdade, o movimento planeja reunir relatos de estudantes de todo o país sobre as precárias condições do ensino, desde infraestrutura até atraso de pagamento de professores.

O vídeo da campanha foi divulgado nesta terça-feira (26) por Pedro Gorki, presidente da UBES, pelas redes sociais.

“Será mesmo que a prioridade do Ministério da Educação do nosso país deve ser gravar estudantes cantando o hino nacional?”, questiona Gorki no vídeo.

Para o movimento, a prioridade da pasta deveria ser a valorização de professores, o cumprimento do Plano Nacional de Educação e a renovação do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).

Assim que a campanha foi ao ar, internautas começaram a compartilhar vídeos — alguns, inclusive, com o hino nacional de trilha sonora.

https://www.instagram.com/p/BuWveicFxSM/

https://www.instagram.com/p/BuWWwUQFgYp/

Reação dos Estados

Grande parte dos Estados divulgou notas com críticas à mensagem MEC e ressaltando a autonomia das escolas no país.

Espírito Santo, Ceará, Paraíba, Amazonas, Amapá, Rio Grande do Norte e Sergipe anunciaram que seus diretores não iriam cumprir o pedido do MEC.

O Espírito Santo, cujo desempenho dos alunos do ensino médio é hoje o melhor do país, informou enfaticamente que “seus diretores não deverão, mesmo que voluntariamente, produzir nem divulgar imagens dos alunos de sua escola para fins alheios às atividades desta Secretaria”. 

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