Campanha de Alckmin contra Bolsonaro e PT (Geraldo Alckmin/Reprodução)
Clara Cerioni
Publicado em 26 de setembro de 2018 às 10h22.
Última atualização em 26 de setembro de 2018 às 10h29.
São Paulo — O 12º vídeo da campanha do ex-governador de São Paulo e candidato ao Planalto, Geraldo Alckmin (PSDB), apelou para uma estratégia de combate contra Jair Bolsonaro (PSL): conquistar o voto das mulheres.
Veiculada na noite de terça-feira (25), durante o horário eleitoral obrigatório, a propaganda reúne todas as frases polêmicas, de teor homofóbico e machista, já faladas pelo candidato do PSL.
"Escolhas fazem parte da vida, e uma escolha que a gente faz hoje, pode ter efeito na nossa vida por muito tempo. Se você é mulher, como eu, tem ainda mais motivos para dar muita atenção à escolha que vai fazer. É preciso ter cuidado, para não escolher quem trata mulheres assim", afirma um dos trechos do vídeo.
Logo depois dessa fala, entram partes de vídeos em que Bolsonaro ofende mulheres, como o episódio com a deputada Maria do Rosário (PT), em 2003.
O ataque hacker à página do Facebook "mulheres unidas contra Bolsonaro" é citado pela narradora da propaganda, com o objetivo de desqualificar os eleitores do ex-militar. O vídeo também fala sobre o apoio de neonazistas ao candidato.
A estratégia adotada pelo tucano, que não tem crescido nas últimas pesquisas eleitorais, é convencer as mulheres que rejeitam o candidato pesselista e que também não querem votar no PT.
O índice de rejeição ao capitão da reserva do Exército subiu a 50% entre o eleitorado feminino, mesmo internado após ser esfaqueado.
Além do posicionamento sobre Bolsonaro, a campanha de Alckmin também critica o PT. A vice do candidato, Ana Amélia, começa o vídeo falando sobre o processo de impeachment de Dilma Roussef, em 2016.
"Muitas pessoas têm recebido notícias falsas pelo whatsapp e pelo celular dizendo que eu e Geraldo Alckmin estaríamos dispostos a dar apoio ao PT. Isso é um absurdo! Logo eu? Que fui uma das maiores defensoras do impeachment, que lutei contra o PT, vou querer o partido da Dilma de volta?", afirma.
Depois, o candidato tucano também retoma o tema falando sobre os escândalos de corrupção e lavagem de dinheiro que o partido liderado por Lula se envolveu durante os anos de governo.
"Seu voto pode evitar um novo desastre para o Brasil. Para nós brasileiros, nossos filhos e netos. Eu já fiz uma escolha: sou contra os radicais de esquerda e de direita", fala Alckmin.