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Em processo de terceirização, Santa Casa de SP demite 152 médicos

As vagas de um dos principais hospitais públicos de SP serão assumidas por uma empresa terceirizada, que contratará médicos

Santa Casa: serão cortadas 55 vagas do pronto-socorro do Santa Isabel e 64 das UTIs dos dois hospitais (Smsantacasasp/WikimediaCommons/Wikimedia Commons)

Santa Casa: serão cortadas 55 vagas do pronto-socorro do Santa Isabel e 64 das UTIs dos dois hospitais (Smsantacasasp/WikimediaCommons/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 18h11.

A Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo confirmou a demissão de 152 médicos no hospital central, que presta atendimento gratuito, e no hospital Santa Isabel, que presta atendimento privado, em um processo sem data para ser finalizado.

Serão cortadas 55 vagas do pronto-socorro do Santa Isabel e 64 das UTIs dos dois hospitais. Mas essas vagas serão assumidas por uma empresa terceirizada, que contratará médicos para prestar serviço nas unidades, segundo a Santa Casa sem redução de atendimentos à população. Entretanto, 33 vagas não serão repostas.

A terceirização, adiantada pelo jornal O Estado e de S. Paulo, faz parte de um plano de mudanças administrativas em mais uma tentativa de estancar a crise financeira da instituição, que dura mais de uma década.

Segundo a Santa Casa, as vagas dos profissionais demitidos serão preenchidas por médicos terceirizados, contratados de uma empresa privada, que prestará serviço à entidade. Não haverá médicos terceirizados contratados diretamente, como se previa há duas semanas.

As vagas que serão fechadas, sem substituição, são de setores como o laboratório, a câmera hiperbárica, do plantão controlador (a unidade que faz interface com os demais serviços do SUS, para a transferência de pacientes com necessidades específicas) e de outros departamentos.

Segundo o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), a Santa Casa tem pouco menos de mil médicos ao todo.

O detalhes das mudanças foram apresentados pela Santa Casa ao Simesp, em uma reunião ocorrida nesta terça-feira (19).

Os médicos demitidos, segundo o sindicato, terão a integralidade de seus direitos trabalhistas, incluindo salários atrasados do ano de 2014, pagos pela entidade, porém esse pagamento será feito em até 30 parcelas.A entidade sindical marcou uma assembleia para esta quinta-feira, 21, para discutir as demissões com os médicos.

A empresa terceirizada só será escolhida após o processo de negociação das demissões entre a Irmandade e o sindicato.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, a Santa Casa informou que uma nova empresa irá assumir a gestão das 119 vagas que estão mantidas e que os médicos demitidos não serão recontratados como pessoas jurídicas.

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