Brasil

Em primeiro depoimento à Justiça, João de Deus nega acusações

Até o momento, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou nove denúncias contra João de Deus de abusos sexuais ocorridos desde 1990

João de Deus (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

João de Deus (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 3 de julho de 2019 às 11h03.

Última atualização em 3 de julho de 2019 às 11h06.

O médium João Teixeira de Farias, conhecido como João de Deus, prestou depoimento hoje (2) pela primeira vez à Justiça sobre denúncias de abuso sexual.

A oitiva foi realizada no Fórum de Abadiânia (GO) e durou cerca de duas horas. João de Deus foi preso preventivamente em 16 de dezembro do ano passado.

Segundo o advogado Alberto Toron, representante do médium, ele negou as acusações e disse que nunca praticou abusos contra mulheres que frequentaram a Casa Dom Inácio Loyola, onde João de Deus atendia pacientes em busca de cura espiritual. O depoimento foi tomado no primeiro processo aberto contra o médium.

Em março, a pedido da defesa, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou João de Deus a deixar o Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital, para se internar em um hospital particular de Goiânia.

Com base em relatórios médicos, os advogados alegaram que ele não tinha condições de regressar à cadeia. Em seguida, com o fim do tratamento, o tribunal determinou que o médium voltasse à prisão.

Denúncias

Até o momento, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou nove denúncias contra João de Deus, nas quais ele é acusado de crimes como estupro de vulnerável e violação sexual.

Segundo o MP, os crimes ocorreram pelo menos desde 1990, sendo interrompidos em 2018, quando as primeiras denúncias foram divulgadas pela imprensa.

Acompanhe tudo sobre:abuso-sexualEstuproGoiásJoão de Deus

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022