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Em escala em Portugal, Bolsonaro parabeniza primeiro-ministro socialista

"Isso é uma sinal de amizade e da relação profunda que os dois países têm", avaliou um assessor do presidente brasileiro

Bolsonaro: o documento assinado por Bolsonaro foi entregue a diplomatas locais (Adriano Machado/Reuters)

Bolsonaro: o documento assinado por Bolsonaro foi entregue a diplomatas locais (Adriano Machado/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 20 de outubro de 2019 às 17h19.

Última atualização em 20 de outubro de 2019 às 17h23.

Lisboa — Rumo ao Japão, o presidente Jair Bolsonaro fez uma escala em Lisboa neste domingo (20) e aproveitou para deixar uma mensagem de apoio ao primeiro-ministro de Portugal, António Costa. Costa faz parte do Partido Socialista (PS) e venceu o pleito no início do mês com a manutenção da coalizão de esquerda.

Hoje, Bolsonaro assinou uma carta parabenizando o primeiro-ministro pela reeleição. O momento foi registrado em fotos. Em uma delas, o presidente brasileiro aparece assinando o texto ao lado do ministro do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, e do assessor especial da Presidência, Filipe Martins.

O documento assinado por Bolsonaro foi entregue a diplomatas locais. "Isso é uma sinal de amizade e da relação profunda que os dois países têm", avaliou um assessor que acompanha a viagem.

Além da relação histórica entre os países, o governo brasileiro precisa do apoio de Portugal para conseguir viabilizar o acordo entre Mercosul e União Europeia. O texto, que deve ser encaminhado até 2021, durante o segundo mandato de António Costa depende da aprovação do Parlamento Europeu e de todos os países-membros do bloco.

Em setembro, em meio à troca de farpas com o presidente da França, Emmanuel Macron, Bolsonaro ligou para o primeiro-ministro português para apresentar a sua versão sobre o aumento nas queimadas da região amazônia. Na ocasião, ele também aproveitou para reforçar a importância do acordo Mercosul-UE.

Viagem

Segundo previsão oficial, Bolsonaro e a comitiva presidencial devem chegar a Tóquio no início da madrugada de segunda-feira, 21, horário de Brasília. O presidente brasileiro participará da cerimônia de coroação do imperador japonês Naruhito, no dia seguinte.

O evento será restrito aos 2.500 convidados e não terá cobertura da imprensa. O desfile ao público que ocorreria pelas ruas da cidade foi adiado para 10 de novembro. O motivo são os estragos causados pelo tufão Hagibis, que resultou na morte de pelo menos 70 pessoas em diversas regiões do Japão este mês.

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