José Fortunati: "O diálogo é fundamental para se avançar num encaminhamento para a greve dos rodoviários", disse o prefeito (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 12h14.
Brasília - Cerca de 40% das 617 vans escolares credenciadas de Porto Alegre começaram a fazer o transporte coletivo da cidade na manhã desta segunda-feira (3), conforme estimativa do Sindicato dos Proprietários de Veículos Escolares.
A previsão é que 80% dos veículos escolares estejam circulando até amanhã.
O objetivo é minimizar os transtornos da greve dos ônibus, que entrou no oitavo dia. A tarifa cobrada será a mesma das lotações, R$ 4,20.
A Prefeitura e o governo estadual montaram esquema especial de segurança para garantir a circulação das vans e evitar atos de vandalismo. Agentes de trânsito da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e policiais da Brigada Militar ocupam pontos estratégicos nos principais eixos de deslocamento dos veículos escolares na capital gaúcha.
Segundo a Prefeitura, desde o início da paralisação, 45 ônibus foram depredados.
A Prefeitura pediu hoje ao Tribunal Regional do Trabalho audiência de conciliação entre rodoviários e empresários.
A audiência foi solicitada para ocorrer ainda nesta segunda-feira.
"O diálogo é fundamental para se avançar num encaminhamento para a greve dos rodoviários. Se as partes não negociarem o dissídio, acabaremos postergando a busca de uma solução, o que é inadmissível porque mais de 1 milhão de pessoas estão sendo penalizadas diariamente com a falta de transporte", disse o prefeito José Fortunati.
Em assembleia realizada na sexta-feira (31), os rodoviários decidiram manter a greve por tempo indeterminado e deixar todos os ônibus nas garagens durante a paralisação.
A decisão contraria acordo firmado na Justiça do Trabalho de que metade da frota ainda na sexta-feira e a totalidade a partir de sábado e pelos próximos 12 dias deve ficar nas ruas. Ainda não há previsão de nova assembleia.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, as principais reivindicações são redução da carga horária para seis horas diárias, aumento do vale-refeição para R$ 20 por dia, reajuste salarial de 14% e o fim do banco de horas.