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Em PE, 9 pessoas da mesma família são envenenadas no Dia das Mães

A polícia suspeita que o ex-namorado de Débora Regina Belo Soares, a responsável por cozinhar, tenha misturado "chumbinho" aos condimentos usados

Dia das Mães: na tarde do domingo, logo após a refeição, outras oito pessoas da família começaram a passar mal, com dores no estômago e de cabeça, além de vômito e desmaios (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)

Dia das Mães: na tarde do domingo, logo após a refeição, outras oito pessoas da família começaram a passar mal, com dores no estômago e de cabeça, além de vômito e desmaios (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de maio de 2017 às 16h03.

Última atualização em 15 de maio de 2017 às 17h50.

A Polícia Civil de Pernambuco investiga o envenenamento de nove pessoas de uma mesma família.

O crime teria ocorrido no domingo, 14, no município de Camaragibe, região metropolitana do Recife.

De acordo com as vítimas, todas passaram mal após o almoço de comemoração ao Dia das Mães.

A responsável por cozinhar os pratos, Débora Regina Belo Soares, de 22 anos, é quem apresenta o pior quadro.

Ela está em estado grave e respirando por aparelhos no Hospital da Restauração (HR) na região central do Recife. A polícia suspeita que seu ex-namorado, cuja identidade não foi revelada, misturou veneno para matar ratos, conhecido como "chumbinho", aos condimentos usados para cozinhar.

Segundo parentes de Débora, o rapaz teria ido até a casa da garota na noite de sábado, 13, para tentar reatar o namoro, terminado por ela dias antes.

Durante a conversa, o jovem pediu para ela ir a um ponto comercial próximo comprar créditos de recarga para celular.

A Polícia encontrou uma espécie de pó preto dentro do pote de colorau.

"Ele deve ter se aproveitado quando minha sobrinha saiu e jogou o veneno lá sem ela perceber", disse uma tia, que prefere não ser identificada.

Débora passou mal ainda na véspera do Dia das Mães e foi levada a uma unidade de saúde, mas a família não desconfiou.

Por isso, os alimentos foram consumidos normalmente no dia seguinte.

Na tarde do domingo, logo após a refeição, outras oito pessoas da família começaram a passar mal, com dores no estômago e de cabeça, além de vômito e desmaios.

Três foram encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) dos Torrões e passaram a noite em observação, mas foram liberadas no final da manhã desta segunda-feira, 15.

Os outros cinco familiares foram levadas à UPA da Caxangá, dos quais três foram transferidas para o HR e continuam internadas.

O gato da família - que também teria se alimentado com a comida - foi encontrado morto na residência. A polícia recolheu o animal e vai fazer exame toxicológico nas vísceras.

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