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Em nova fase da Carne Fraca, PF cumpre 11 mandados de prisão

Agentes da PF cumprem um total de 91 mandados judiciais nos Estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo

OPERAÇÃO LAVA-JATO: na primeira instância, mais de 120 condenações; no STF, zero / REUTERS/Ueslei Marcelino (Ueslei Marcelino/Reuters)

OPERAÇÃO LAVA-JATO: na primeira instância, mais de 120 condenações; no STF, zero / REUTERS/Ueslei Marcelino (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de março de 2018 às 08h25.

Rio de Janeiro - A Polícia Federal cumpre na manhã desta segunda-feira 11 mandados de prisão e 27 de condução coercitiva como parte da 3ª fase da operação Carne Fraca, informou a PF em comunicado, e uma fonte com conhecimento da operação disse que o alvo principal da ação é a gigante alimentícia BRF.

A operação Carne Fraca foi deflagrada inicialmente pela PF em março do ano passado, e jogou o setor de proteínas do Brasil em uma grave crise de credibilidade com denúncias de irregularidades na fiscalização de frigoríficos, levando muitos países a suspenderem temporariamente as compras dos produtos nacionais.

Na ação desta segunda-feira, chamada Operação Trapaça, agentes da PF cumprem um total de 91 mandados judiciais nos Estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo, segundo comunicado da PF.

"As investigações demonstraram que cinco laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e setores de análises de determinado grupo empresarial, fraudavam resultados de exames em amostras de seu processo industrial, informando ao Serviço de Inspeção Federal dados fictícios em laudos e planilhas técnicos", disse a PF em nota, sem identificar a empresa envolvida.

De acordo com uma fonte com conhecimento da operação, a empresa investigada é a gigante BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão. Procurada pela Reuters, a BRF não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a operação policial.

"As fraudes operadas tinham como finalidade burlar o Serviço de Inspeção Federal (SIF/MAPA) e, com isso, não permitir que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento fiscalizasse com eficácia a qualidade do processo industrial da empresa investigada", acrescentou a PF.

Segundo a Polícia Federal, as investigações demonstraram que a prática das fraudes contava com a anuência de executivos do grupo empresarial, e também foram constatadas manobras extrajudiciais operadas por executivos do grupo com o fim de acobertar a prática dos atos ilícitos ao longo das investigações.

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