Lula: ex-presidente foi beneficiado por decisão do STF sobre prisão em segunda instância (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de novembro de 2019 às 18h58.
O PSDB emitiu nesta sexta-feira, 8, uma nota classificando a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como um fato que pode alimentar "mais um clima de intolerância na sociedade brasileira, no qual polos extremos preferem se hostilizar ao invés de dialogar".
Assinada pelo presidente do PSDB, Bruno Araújo, ataca a esquerda do País e diz que os partidos neste espectro político ficaram em posição cômoda de "não participar do esforço nacional de recuperação das dificuldades criadas ao longo de seus governos para ficarem na confortável posição do grito Lula Livre'".
"Com Lula solto, nova palavra de ordem não basta mais. Será preciso apresentação de soluções para a crise que eles próprios criaram. Retórica vazia não gera emprego nem reduz miséria ou desigualdade", afirmou o texto.
A sigla ressalta que "decisão judicial se respeita". "Cabe a todos os atores políticos serem responsáveis e serenos neste momento de nervos à flor da pele", disse o presidente do PSDB.
Lula deixou a carceragem da Polícia Federal, onde estava preso desde abril do ano passado ao ser beneficiado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), proferida na quinta-feira (07), que derrubou a possibilidade de prisão após condenação em 2ª instância.
Lula saiu da sede da PF às 17h42 — pouco mais de uma hora depois da expedição do alvará de soltura. Uma multidão de manifestantes saudou o ex-presidente empunhando bandeiras do PT gritando palavras de ordem.