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Em memorial ao STF, Aras defende que MPF atue em inquérito das fake news

A apuração foi aberta ano passado para apurar autores que divulgam notícias falsas e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal

Augusto Aras: PGR disse que não mudou seu entendimento nas duas manifestações que enviou ao STF no inquérito no ano passado e este ano (Adriano Machado/Reuters)

Augusto Aras: PGR disse que não mudou seu entendimento nas duas manifestações que enviou ao STF no inquérito no ano passado e este ano (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de junho de 2020 às 18h47.

Última atualização em 4 de junho de 2020 às 22h19.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu que o Ministério Público Federal tem de participar das investigações do inquérito das fake news, apuração aberta ano passado para apurar autores que divulgam notícias falsas e ameaças a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em memorial obtido pela Reuters.

O texto foi encaminhado nesta quinta-feira ao STF para instruir o julgamento da ação marcado para a próxima quarta-feira, movida pela Rede Sustentabilidade no ano passado, que contesta a validade das investigações.

No memorial, Aras disse que não mudou seu entendimento nas duas manifestações que enviou ao STF no inquérito no ano passado e este ano.

O procurador-geral disse que, das 10 mil páginas do inquérito das fake news, apenas 2% se referem a pessoas supostamente envolvidos que detém foro privilegiado.

"Isso porque, em 27 de maio último, a Procuradoria-Geral da República viu-se surpreendida com notícias na grande mídia no sentido deterem sido determinadas dezenas de buscas e apreensões e outras diligências, contra pelo menos 29 pessoas, sem a participação, supervisão ou anuência prévia do dominus litis que, ao fim e ao cabo, é destinatário dos elementos de informação coligidos na fase inquisitorial", disse.

As diligências do dia 27 atingiram aliados e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

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