Agência de notícias
Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 12h42.
Última atualização em 29 de janeiro de 2025 às 12h47.
A crise que vem se agravando no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) culminou nesta quarta-feira em mais um protesto organizado pelo sindicato nacional do instituto (Assibge).
Os servidores se concentraram às 10h na Avenida Franklin Roosevelt, em frente à sede do instituto no Rio de Janeiro, em reivindicação contra a criação da fundação de direito privado IBGE+ e contra o que chamam de “medidas autoritárias” da gestão do atual presidente Marcio Pochmann, que nega crise.
Bruno Perez, diretor da Assibge, explica que a crise teve início em setembro, quando o sindicato descobriu a criação da “sigilosa” fundação, que, de acordo com ele, já existia desde julho, mas só foi descoberta pelos servidores dois meses depois.
"Desde setembro, a gente tem se oposto à criação dessa fundação, que traz vários riscos para o IBGE. É um tipo de privatização, traz um risco à qualidade dos dados, à autonomia técnica. E desde que a gente começou a se opor, passamos a sofrer medidas antissindicais, por parte do presidente Marcio Pochmann, como criminalização de greves, ataque, utilização da comunicação institucional para atacar o sindicato com inverdades, com desinformação".
O protesto conta com servidores de cargos de chefia como gerentes e coordenadores, e até com aposentados que concordam com as reivindicações. Os funcionários pedem sobretudo diálogo com a presidência.