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Em janeiro, Lula sugeriu que militantes ocupassem o tríplex do Guarujá

Guilherme Boulos, acompanhado de integrantes do MST e da Frente Povo Sem Medo, ocupou o triplex e desafiou a Justiça a mostrar quem é dono do apartamento

MTST: imóvel ocupado por integrantes do movimento tem leilão marcado para os dias 15 e 22 de maio (Paulo Whitaker/Reuters)

MTST: imóvel ocupado por integrantes do movimento tem leilão marcado para os dias 15 e 22 de maio (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de abril de 2018 às 15h21.

São Paulo - A possibilidade de militantes ocuparem o triplex do Guarujá (SP), fato que ocorreu nesta segunda-feira, 16, havia sido citada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um discurso após sua condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4º Região (TRF-4).

No dia 24 de janeiro, após ter seu recurso negado e sua pena aumentada para 12 anos e um mês de prisão, o ex-presidente fez um discurso na Praça da República, no centro de São Paulo, quando classificou a decisão judicial como uma "mentira" e negou mais uma vez ser dono do triplex.

"Se eles me condenaram me deem pelo menos o apartamento", disse Lula, na ocasião. "Eu até já pedi para o Guilherme Boulos mandar o pessoal dele ocupar aquele apartamento. Já que é meu, ocupem."

Na manhã desta segunda, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e pré-candidato à Presidência, Guilherme Boulos (PSOL), acompanhado de integrantes do movimento e da Frente Povo Sem Medo, ocupou o triplex e desafiou a Justiça a mostrar quem é dono do apartamento atribuído a Lula na denúncia do Ministério Público Federal."Se é do Lula, o povo foi convidado e pode ficar lá. Queremos saber quem é que vai pedir reintegração de posse. Se não é do Lula, o Judiciário vai ter que explicar por que prendeu o Lula por conta desse tríplex", disse.

Leilão

O leilão do imóvel, pivô da condenação de Lula, está marcado para os dias 15 e 22 de maio. Na sentença que condenou o petista, o juiz Sérgio Moro afirmou que o registro da matrícula do imóvel estava formalmente em nome da empresa OAS, mas que os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro estavam configurados por meio de "ocultação e dissimulação". Lula sempre negou ser proprietário do apartamento.

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