Cheia históricia no Rio Madeira: "A cidade [Humaitá] está parada, estamos esperando o rio baixar, mas as águas só tem subido", lamentou o prefeito José Cidenei Lobo (Lunae Parracho / Greenpeace)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2014 às 16h29.
Sorocaba - Pelo menos 17 mil pessoas continuam desabrigadas no município de Humaitá, no sul do Amazonas, desde que as águas do Rio Madeira invadiram a cidade, no início de fevereiro.
As famílias estão sendo mantidas nas oito escolas da cidade que, por sua vez, estão sem funcionar.
O ano letivo de 2014 não pode ser iniciado. A cidade já teve o estado de calamidade pública reconhecido pelos governos estadual e federal e recebe ajuda para fornecer alimentação e apoio aos flagelados.
Na área urbana, treze bairros e mais de trinta ruas estão cobertos pelas águas, inclusive na região central.
Os prejuízos, segundo a prefeitura, passam de R$ 70 milhões. As águas cobriram longos trechos da Rodovia Transamazônica, isolando a cidade da vizinha Apuí.
As ligações com Porto Velho (RO), capital mais próxima, e com Manaus, a 650 quilômetros, também estão interrompidas. Os serviços de balsa no Rio Madeira foram suspensos e todo o transporte é feito com barcos.
"A cidade está parada, estamos esperando o rio baixar, mas as águas só tem subido", lamentou o prefeito José Cidenei Lobo (PMDB).
Outros 14 municípios amazonenses sofrem com a cheia nos rios da região.