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Em festa, Temer afirma ter votos na Câmara para barrar denúncia

Em jantar de aniversário do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, o presidente Michel Temer disse que absolvição no TSE foi uma "bela vitória"

Michel Temer: Presidente está confiante de que terá os 172 votos mínimos necessários na Câmara para barrar eventual denúncia (Paulo Whitaker/Reuters)

Michel Temer: Presidente está confiante de que terá os 172 votos mínimos necessários na Câmara para barrar eventual denúncia (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de junho de 2017 às 11h39.

Brasília - Em jantar de aniversário do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente Michel Temer disse a políticos presentes que sua absolvição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi uma "bela vitória" e que está confiante de que terá os 172 votos mínimos necessários na Câmara para barrar eventual denúncia contra ele apresentada pela Procuradoria-Geral da República.

A festa ocorreu na noite de anteontem, na casa do deputado Alexandre Baldy (GO), no Lago Sul, área nobre de Brasília. Líder do Podemos (antigo PTN) na Câmara, Baldy é um dos parlamentares mais próximos de Maia. Ele deve ser escolhido relator da CPI mista que vai apurar supostas irregularidades em operações no mercado financeiro por parte da JBS, empresa cujos donos delataram Temer.

Conforme relatos dos presentes, poucos foram os deputados convidados para o jantar, entre eles o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e Fernando Monteiro (PP-PE). Os ministros Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), padrasto da mulher de Maia, também compareceram. Até políticos da oposição passaram pela festa.

Temer chegou pouco depois das 23h, acompanhado da primeira-dama Marcela. Antes de sua chegada, ministros pediram aos demais políticos que evitassem tocar no assunto do TSE. Não queriam passar a imagem de que o presidente estava "comemorando" a absolvição na corte eleitoral.

O presidente deixou o local pouco depois da meia-noite e, na saída, disse que vai "continuar pacificando o País".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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