Lula: "Nesse país não é habitual as pessoas pedirem desculpa" (Gustavo Minas/Bloomberg/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 1 de maio de 2022 às 16h43.
Última atualização em 1 de maio de 2022 às 16h52.
Após uma gafe cometida ontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou seu discurso no evento em comemoração ao 1º de maio com um pedido de desculpas aos policiais brasileiros.
No sábado, 30, Lula disse que Bolsonaro "não gosta de gente, gosta de policial" e foi atacado por adversários nas redes sociais.
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Hoje, Lula disse que, na verdade, queria dizer que Bolsonaro gosta "de milicianos". Ao falar sobre os policiais, disse que eles "muitas vezes cometem erros, mas muitas vezes salvam muita gente do povo trabalhador". "E nós temos que tratá-los como trabalhador", afirmou o ex-presidente.
"Eu escolhi o mês dos trabalhadores para pedir desculpas aos policiais que por acaso se sentiram ofendidos com o que eu falei ontem", afirmou Lula.
Nos últimos meses, com a proximidade do lançamento da campanha, Lula cometeu gafes que têm sido vistas com preocupação por aliados. É o caso da fala sobre os policiais e também sobre aborto, além de uma sugestão para que sindicalistas procurassem deputados em suas casas.
"Nesse país não é habitual as pessoas pedirem desculpa. Eu, por exemplo, estou esperando há seis anos que as pessoas que me acusaram o tempo inteiro peçam desculpas", disse Lula, ao falar sobre decisão de órgão da ONU sobre a parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro para julgar o caso de Lula.