LULA: no final de setembro, petista terá cumprido 1/6 de sua pena e poderá pedir prisão domiciliar (Victor Moriyama/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2019 às 19h34.
Última atualização em 8 de novembro de 2019 às 07h43.
O ex-presidente Lula, condenado e preso pela Lava-Jato, disse em entrevista ao blog do jornalista Kennedy Alencar que pode pedir prisão domiciliar, caso seus advogados de defesa garantam que ele poderá continuar a contestar a decisão da Justiça. Lula afirmou que teria uma reunião com seus advogados na tarde desta sexta-feira, 3, com seus advogados para discutir os próximos passos de sua estratégia de defesa.
"Olha, eu só pedirei no dia em que meus advogados, o Cristiano [Zanin] e o [Roberto] Batochio, disserem pra mim: 'Presidente Lula, o sr. pode pedir, que, se o sr. pedir, o sr. pode continuar a sua briga pela sua inocência', disse Lula na entrevista.
O ex-presidente diz que não fará o pedido se os advogadores não disseram que eu posso continuar me defendendo.
"Eu quero continuar provando a minha inocência. Aí, eu posso pedir. (…) Olha, se os advogados disserem para mim, “Lula, você pode pedir a detração e você vai continuar brigando pela sua inocência do mesmo jeito que você está”, eu não tenho nenhum problema de pedir, porque eu quero sair daqui."
Lula pode ir para o regime semi-aberto nos próximos meses porque terá cumprido mais de 1/6 de sua pena no processo do tripléx do Guarujá. A pena definida por Sérgio Moro, em 2017, foi de nove anos e seis meses.
Depois, ela foi aumentada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4) para 12 anos e um mês e reduzida, em abril, pelo STF para 8 anos e 10 meses. A base de cálculo para a ida para o semiaberto é feita sobre essa última decisão judicial.