Brasil

Em discurso no Senado, Gleisi volta a criticar Campos

Gleisi voltou a classificar como oportunismo afirmação de Campos de que país está "fora do trilho"


	Gleisi Hoffmann: senadora citou que em seu estado, Paraná, o PSB tem alianças com o PSDB e com o DEM; no Espírito Santo, acrescentou Gleisi, é coligado ao PT
 (Elza Fiuza/Agência Brasil)

Gleisi Hoffmann: senadora citou que em seu estado, Paraná, o PSB tem alianças com o PSDB e com o DEM; no Espírito Santo, acrescentou Gleisi, é coligado ao PT (Elza Fiuza/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 16h49.

Brasília - Em seu primeiro discurso no plenário do Senado após deixar a chefia da Casa Civil da Presidência da República, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) se dirigiu ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e criticou os ataques que ele tem disparado contra o governo.

"É lamentável quando essa candidatura é lançada e carece de propósito, de conteúdo e de uma causa e baseia-se praticamente em situações e manifestações de hipocrisia, de oportunismo e de ingratidão", destacou a ex-ministra.

Após agradecer a acolhida dos colegas em seu retorno ao Legislativo, Gleisi voltou a classificar como oportunismo a afirmação de Campos de que o país está "fora do trilho".

"Grande parte do sucesso do governador de Pernambuco baseia-se nos aportes e no apoio financeiro que a União deu àquele Estado, por isso é injustificável que o Estado de Pernambuco, sendo dos que mais receberam recursos da União, esteja hoje na frente entre os déficits estruturantes, o déficit primário, entre todos os Estados brasileiros", acrescentou.

Sobre as alfinetadas do governador acerca da construção de alianças implementada por Dilma e pelo PT para a campanha à reeleição, Gleisi rebateu: "Até porque o próprio governador faz uso dessas articulações políticas para tentar viabilizar sua candidatura".

A senadora citou que em seu estado, Paraná, o PSB tem alianças com o PSDB e com o DEM; no Espírito Santo, acrescentou Gleisi, é coligado ao PT. "Qual a nova política que se está praticando?", questionou.

A ex-ministra atribuiu, ainda, o sucesso político de Campos ao apoio e prestígio de Lula e Dilma. "Não foram poucas as vezes que o presidente Lula o chamou de filho, e não foram poucas as vezes, muitas, em que o presidente Lula o apoiou em diversas caminhadas, inclusive tendo ele como partícipe de nosso governo", concluiu.

Quase imediatamente após a manifestação de Gleisi, a equipe do governador de Pernambuco entrou em campo para defendê-lo. O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), principal nome de Campos no Congresso, disse que o País está vivendo, com Dilma, uma gestão pior do que vivenciou à época do ex-presidente Lula. "Não podemos concordar com um governo que exibe números vergonhosos", afirmou o senador em plenário.

Acompanhe tudo sobre:Eduardo CamposGleisi HoffmannGovernadoresGovernoMinistério da Casa CivilPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Secretário-geral da ONU pede "espírito de consenso" para G20 avançar

Paes entrega a Lula documento com 36 demandas de prefeitos do U20

Varredura antibomba e monitoramento aéreo: chegada de chefes de Estado para o G20 mobiliza segurança