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Em dia de formação da CCJ, Temer receberá 22 parlamentares

A agenda do presidente para esta terça inclui mais de 13 horas de audiência e encontros com 16 deputados e seis senadores

Michel Temer: o presidente quer que sua defesa seja apresentada até quarta-feira para que ela possa ser votada em plenário antes do recesso (Beto Barata/PR/Flickr)

Michel Temer: o presidente quer que sua defesa seja apresentada até quarta-feira para que ela possa ser votada em plenário antes do recesso (Beto Barata/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de julho de 2017 às 09h10.

Última atualização em 4 de julho de 2017 às 09h12.

Brasília - Disposto a derrubar a denúncia apresentada contra ele pela Procuradoria-Geral da República (PGR) o mais rápido possível, o presidente Michel Temer (PMDB) vai usar esta terça-feira, 4, para uma extensa agenda dedicada a parlamentares.

No dia em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) inicia os trabalhos com a escolha do relator da denúncia, Temer vai ter uma agenda com mais de 13 horas de audiência e receberá 22 parlamentares, sendo 16 deputados e seis senadores.

Além disso, há uma reunião prevista com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, que é da cota de ministros parlamentares e tem influência sobre o partido.

Temer quer que sua defesa seja apresentada até quarta-feira, 5, na CCJ para que ela tenha condições de ser votada em plenário antes do recesso.

Segundo fontes do Planalto, o advogado Antonio Claudio Mariz de Oliveira já trabalha na defesa desde que a denúncia foi apresentada por Rodrigo Janot, no último dia 26.

Segundo um auxiliar do presidente, Mariz deve destacar que as provas - como a gravação com Joesley Batista - são ilícitas e que há vício na origem da denúncia.

Auxiliares do presidente ressaltam ainda que, com a entrega da defesa na quarta-feira, há condições de que a denúncia seja apreciada em plenário antes do recesso, no próximo dia 17.

Apesar do otimismo, um interlocutor do Planalto reconheceu que o cenário é muito incerto e há vários fatores que fogem do controle do governo, como uma possível obstrução ou pedido de vista.

A romaria de parlamentares no Palácio do Planalto visa continuar a articulação e garantir os 172 votos necessários para derrubar a denúncia no plenário.

Agenda

A agenda de Temer começa às 8 horas com o deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF). Meia hora depois, o presidente recebe o senador Wilder Morais (PP-GO).

De meia em meia hora na parte da manhã até o meio dia ainda estão previstos encontros com o deputado Evandro Gussi (PV-SP), com o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), com o ministro da Saúde, com o senador Telmário Mota (PTB-RR), com a deputada Christiane de Souza Yared (PR-PR) e com a deputada Bruna Furlan (PSDB-SP).

Do meio dia às 15 horas, a agenda ainda está aberta, o que possivelmente dá brechas para mais encontros de articulação. Temer retoma os compromissos às 15 horas com o senador Roberto Rocha (PSB-MA). E seguindo o modelo de audiências de meia em meia hora recebe o deputado Goulart (PSD-SP), o senador Pedro Chaves dos Santos Filho (PSC/MS), o senador José Maranhão (PMDB-PB), o deputado Luiz Lauro Filho (PSB-SP).

Às 17h30, a reunião com o deputado Wilson Filho (PTB-PB), vice-líder do PTB, terá a presença do ex-senador Wilson Santiago, Presidente do PTB na Paraíba.

Depois, continuando a agenda de reuniões de 30 minutos, Temer recebe às 18 horas, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES), que é líder da maioria na Câmara dos Deputados.

Na sequência, estão com agenda marcada com o presidente os deputados Rogerio Peninha Mendonça (PMDB-SC), José Priante (PMDB-PA), Anibal Gomes (PMDB/CE), Alfredo Kaefer (PSL/PR) e Átila Lins (PSD-AM).

À agenda das 21 horas prevê reunião conjunta com os deputados Darcisio Perondi (PMDB/RS) e Sinval Malheiros (PODE/SP) e, por fim, a última agenda prevista é como deputado Roberto de Lucena (PV-SP), às 21h30.

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