Senador Vital do Rêgo cumprimenta o governador de Goiás, Marconi Perillo, antes do início da sessão de CPMI do Cacheira (Geraldo Magela/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2012 às 16h05.
Brasília - O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), negou hoje (12), em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, que tenha relação de proximidade com o empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira.
Perillo disse ainda que não houve ligação de seu governo com o empresário investigado pela Polícia Federal, suspeito de comandar esquema criminoso envolvendo jogos ilegais, com a participação de políticos e empresários. "Não há nenhum ato do governo de Goiás em benefício ou na direção do que foi suscitado pela imprensa. Falaram muito, mas nada se concretizou", disse. "Nunca mantive qualquer relação de proximidade com o empresário Carlinhos Cachoeira, embora fosse ele uma pessoa de livre trânsito com políticos do meu estado e com as pessoas mais ricas", completou.
Ele argumentou que as gravações feitas pela Polícia Federal durante a investigações não apontam para uma relação próxima entre eles. "São 30 mil horas de gravações, três anos de gravações e não há nenhuma ligação dele para mim. Apenas uma ligação minha para ele por ocasião de seu aniversário. Se ele era uma pessoa próxima, era natural que ele tivesse acesso ao meu telefone particular", argumentou o governador.
Ao iniciar o depoimento, Perillo disse que chegava "de cabeça erguida" à comissão após ter se oferecido para falar e ter pedido ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que movesse a investigação contra ele.
Ele também se disse vítima das denúncias que, segundo ele, representam "fatos distorcidos" e "informações descabidas". "Venho restabelecer a verdade dos fatos", disse o governador que usou parte de sua fala inicial para ressaltar o desenvolvimento industrial e econômico de Goiás durante o seu governo. "Muitos não se conformam com isso e tentam destruir o patrimônio moral que construir durante toda minha vida pública".