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Em depoimento de menos de 4 minutos, Pezão defende deputado preso

Junto com os deputados Jorge Picciani e Edson Albertassi, Melo é acusado de receber propina para defender interesses de empresários dentro da Alerj

Pezão: ele respondeu apenas "não" à maioria das perguntas, negando ter conhecimento de qualquer conduta ilegal do deputado (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Pezão: ele respondeu apenas "não" à maioria das perguntas, negando ter conhecimento de qualquer conduta ilegal do deputado (Tomaz Silva/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de junho de 2018 às 17h57.

Última atualização em 4 de junho de 2018 às 17h58.

Rio - Arrolado como testemunha de defesa do deputado estadual Paulo Melo (MDB), o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) prestou depoimento na tarde desta segunda-feira, 4, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), no centro do Rio.

Em três minutos e 50 segundos, ele respondeu apenas "não" à maioria das perguntas, negando ter conhecimento de qualquer conduta ilegal do deputado.

Junto com os também deputados Jorge Picciani e Edson Albertassi, todos do MDB, Melo é acusado de receber propina para defender interesses de empresários dentro da Assembleia Legislativa do Rio.

Os três foram presos preventivamente em novembro do ano passado, na Operação Cadeia Velha, desdobramento da Operação Lava Jato no Rio, e permanecem detidos no Rio. Embora afastados dos mandatos, os três serão julgados pelo TRF-2 por conta do foro privilegiado dos deputados estaduais.

Na primeira das duas únicas perguntas em que se estendeu, Pezão elogiou Melo, classificou o deputado como "pessoa competente" e disse que, "para uma pessoa que só tem ensino primário", impressionava o conhecimento que Melo tem sobre os procedimentos legislativos e o regimento da Assembleia Legislativa. Essa pergunta foi formulada pela defesa do deputado.

O Ministério Público Federal, responsável pela acusação a Melo, fez três perguntas a Pezão. O governador respondeu que não tem, como governador, nenhuma responsabilidade de investigar a conduta ética dos deputados e disse que Melo era "um bom aliado" do governo, tendo sido inclusive secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos.

O governador não falou com a imprensa.

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