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Em clima de desconfiança, Temer viaja e deixa Maia na Presidência

A relação entre Temer e Maia anda estremecida desde que a denúncia por corrupção passiva contra o peemedebista chegou à Câmara, no fim de junho

Temer e Maia: o presidente da Câmara se distanciou de Temer nas últimas semanas (Adriano Machado/Reuters)

Temer e Maia: o presidente da Câmara se distanciou de Temer nas últimas semanas (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de julho de 2017 às 21h20.

Brasília - Com a viagem de Michel Temer nesta quinta-feira, 20, para a Argentina, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumirá o Palácio do Planalto até sexta-feira, 21.

A relação entre os dois anda estremecida desde que a denúncia por corrupção passiva contra o peemedebista chegou à Câmara, no fim de junho.

Primeiro na linha sucessória, Maia se distanciou de Temer nas últimas semanas. No início de julho, na semana que antecedeu a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e em que o nome do democrata começou a ser aventado como alternativa a Temer, Maia viajou para fora do País e evitou assumir o Palácio do Planalto durante a viagem do presidente à reunião do G-20, para Alemanha.

Nesta quinta-feira, o presidente da Câmara vai permanecer no Brasil, mas talvez embarque para o Rio. Das outras vezes em que assumiu a Presidência, Maia chegou a despachar do gabinete de Temer.

Mal-estar

O último foco de atrito entre os dois aconteceu esta semana, depois de Temer tentar atrair para o PMDB parlamentares do PSB que negociam a migração para o DEM.

Para desfazer o clima de desconfiança, o presidente jantou na terça-feira com Maia e outros parlamentares na residência oficial da presidência da Câmara.

Nesta quarta-feira, os dois tiveram um novo encontro no Palácio do Planalto. A interlocutores, Maia chegou a se queixar de falta de "lealdade" do governo.

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