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Em Brasília, 60% dos aeroportuários aderem à greve de 48 horas

Na manhã desta quinta-feira, três voos registraram atraso e quatro foram cancelados, segundo a Infraero

No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, o MST participa da greve dos aeroportuários contra o modelo de privatização no setor (Wilson Dias/ABr)

No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, o MST participa da greve dos aeroportuários contra o modelo de privatização no setor (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2011 às 12h01.

Brasília – Cerca de 60% dos aeroportuários de Brasília aderiram à paralisação de 48 horas, segundo cálculo do diretor do sindicato da categoria Samuel Santos. Na manhã de hoje (20), até as 11h, três voos registraram atraso e quatro foram cancelados, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A greve atinge também os aeroportos de Guarulhos (São Paulo) e Viracopos (Campinas) onde o embarque de cargas está sendo afetado.

“O nosso intuito é chamar a atenção do governo e, até o momento, estamos conseguindo. Esperamos que um maior efetivo nos apoie, pois é um movimento justo, temos que lutar contra a concessão de um bem público”, disse o representante do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina).

Um carro de som da Central Única dos Trabalhadores (CUT) esteve durante toda a manhã de hoje em frente à plataforma de embarque do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek. Sindicalistas explicavam os motivos da greve e pediam mais adesão por parte dos funcionários da Infraero. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também participavam do ato e criticavam a privatização dos terminais.

A Infraero está mantendo o plano de contingência para garantir a capacidade de operação dos três terminais durante a greve dos funcionários. Para isso, a estatal está remanejando funcionários, profissionais do administrativo estão executando outras funções.

Em nota, o governo diz que mantém a disposição para negociar com a categoria, mas que não abre mão de manter o modelo de concessão para os três aeroportos, que garante à Infraero até 49% do controle dos três terminais.

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