PT divulgou um bilhete no Twitter em que Lula se diz orgulhoso de Zeca Dirceu por chamar Guedes de "tchutchuca" (Lula/Facebook/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de abril de 2019 às 13h54.
São Paulo - O PT divulgou nesta terça-feira, 9, um bilhete manuscrito cuja autoria atribui a Luiz Inácio Lula da Silva e no qual o ex-presidente parabeniza o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) por chamar o ministro da Economia Paulo Guedes de "tchutchuca". A imagem do papelzinho com o texto foi publicada no Twitter do partido.
"Querido Zeca, estou muito orgulhoso da sua Bancada do PT, que teve um papel extraordinário no debate sobre a Previdência com o Guedes, 'o destruidor os pobres'. Zeca, parabéns por compará-lo a uma 'tchutchuca' na relação dele com os empresários", escreveu Lula, que está preso há um ano na Superintendência Regional da Polícia Federal em Curitiba, base da Operação Lava Jato. "Eu fiquei tão orgulhoso de você, que vou aprender a música da 'tchutchuca e o tigrão'. Kkkk Abraços, Lula. 04/04/2019."
O presidente @LulaOficial saúda o deputado @zeca_dirceu (PT-PR) e toda a #BancadaDoPovo pela atuação na audiência com Paulo Guedes na audiência da Câmara da última quarta (3). Não à reforma da Previdênca de Guedes, Bolsonaro e os banqueiros! pic.twitter.com/ex3XYYwW9Q
— PT Brasil (@ptbrasil) April 9, 2019
No dia 3 de abril, durante audiência pública sobre a reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça, na Câmara, Paulo Guedes caiu em uma provocação de Zeca Dirceu, que o acusou de ser "tigrão" com os aposentados, idosos de baixa renda e agricultores, mas "tchutchuca" com privilegiados.
O ataque do petista, filho do ex-ministro, José Dirceu, também condenado na Lava Jato, levou à explosão final de Guedes que reagiu com destempero fora do microfone. "Eu não vim aqui para ser desrespeitado, não. (…) tchutchuca é a mãe, é a avó, respeita as pessoas. (...) Isso é ofensa. Eu respeito quem me respeita. Se você não me respeita, não merece meu respeito", afirmou o ministro na ocasião.
Zeca começou as críticas perguntando a razão pela qual Guedes começou as reformas com a da Previdência e não alterações que afetassem os banqueiros. A partir daí, o clima ficou insustentável e o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), teve que acabar com a audiência.