Ex-presidente Lula: em comício em BH, ele atacou o PSDB, Aécio Nevez e FHC (Yasuyoshi Chiba/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2014 às 13h33.
Belo Horizonte - Neste sábado, 18, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou seu discurso em um evento no bairro de Santa Tereza, Belo Horizonte, com milhares de visitantes agradecendo aos mineiros que elegeram em primeiro turno o candidato petista ao governo do Estado. A escolha de Fernando Pimentel representou a estreia do partido à frente do Palácio Tiradentes. Lula agradeceu também pelo fato de a presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff, ter sido a mais votada no Estado, reduto tucano, no primeiro turno, à frente do candidato do PSDB, Aécio Neves.
Em seguida, o ex-presidente, muito aplaudido e interrompido várias vezes por gritos como "olê, olê, olá, Lula, Lula" e "Lula, guerreiro, do povo brasileiro", citou os ex-presidentes Itamar Franco (PMDB) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "O Itamar Franco, quando presidente, fez de FHC, até então senador, Ministro das Relações Exteriores, depois da Fazenda e depois presidente. E Itamar voltou para Minas para ser governador do Estado. O FHC vez Itamar terminar seu mandato a pão de água no Estado. Não tinha nem recurso para pagar salário. É só um lembrete", disse.
Ele comentou que enquanto foi presidente e também na gestão Dilma, "nunca faltou recursos para Minas Gerais". "Então temos quase obrigação de eleger a Dilma no segundo turno", ressaltou, emendando que teria que ter cuidado com as palavras, porque o "moço (Aécio) é vingativo". "Mas vou dizer: não conheço em uma vez na história, momento no qual os professores foram tão perseguidos em Minas como foram no governo dele".
O petista questionou também - e em tom de brincadeira se dirigiu a Pimentel, dizendo que como ele já foi 'aliado' de Aécio, poderia responder - "se alguém lembrava" de Aécio fazendo reunião com catadores de papel. "Se alguém tiver uma foto, me mostre. Pimentel, precisamos de duas cosias para governar uma cidade, Estado e Brasil: de um pouco de dinheiro e muita relação com o povo. Nesse último caso, tudo será mais fácil, compreendido, e menos sofrível", disse.