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Em audiência, CPI da Petrobras no Senado ignora Pasadena

A própria Petrobras já reconheceu um prejuízo de US$ 530 milhões na compra da refinaria de Pasadena


	Magda Chambriard: parlamentares da base aliada questionaram diretora sobre questões menores
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Magda Chambriard: parlamentares da base aliada questionaram diretora sobre questões menores (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 10h15.

Brasília - Em audiência esvaziada da CPI da Petrobras no Senado nesta quarta-feira, 2, a diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, não foi questionada uma só vez sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela petroleira brasileira.

A própria Petrobras já reconheceu um prejuízo de US$ 530 milhões no negócio, mas os parlamentares da base aliada preferiram questionar a diretora sobre questões menores - como a maneira como plataformas de petróleo são fiscalizadas no mar.

Magda repetiu uma apresentação já feita em audiências públicas de comissões de trabalho do Congresso a respeito da fiscalização da atividade exploratória nos oceanos, realizada pela ANP em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério do Trabalho e a Marinha do Brasil.

Apenas dois senadores fizeram perguntas à diretora-geral da ANP.

O relator da CPI, José Pimentel (PT-CE), insistiu no tema da segurança das plataformas marítimas de exploração de petróleo, com perguntas que já haviam sido esclarecidas na apresentação inicial feita por Magda.

A senadora Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM) apenas enalteceu o trabalho realizado pela ANP e perguntou sobre a segurança da informação dos banco de dados da agência reguladora. Da CPI da Petrobras participam apenas senadores da base aliada do governo.

Os parlamentares de oposição comparecem somente às reuniões da CPI mista, da qual também participam deputados federais.

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