Brasil

Em artigo, Moro nega "licença para matar" nos projetos anticrime

De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, o projeto anticrime apenas descreve "situações de legítima defesa já admitidas pela prática"

Moro: o ministro também afirmou não se recordar de iniciativa semelhante em outros governos (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Moro: o ministro também afirmou não se recordar de iniciativa semelhante em outros governos (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de março de 2019 às 11h51.

São Paulo — O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, rebateu hoje críticas de que o projeto de lei anticrime daria a policiais licença para matar. Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, afirma que "não há nos projetos qualquer 'licença para matar' para policiais". Segundo ele, o texto apenas descreve "situações de legítima defesa já admitidas pela prática", como na prevenção de agressão a pessoas mantidas como reféns, por exemplo. O ministro ainda disse que a proposta regula a questão do excesso em legítima defesa, "reconhecendo que quem reage a uma agressão injusta pode exceder-se".

Moro também afirmou não se recordar de iniciativa semelhante em outros governos, sobretudo em relação ao combate à corrupção. Citou, como exemplo, a falta de defesa explícita anteriormente da condenação criminal após segunda instância. Ele reconheceu que há muitas prioridades na agenda governamental, como a reforma da Previdência, mas afirmou que a segurança pública está nessa lista e que tem possibilidade de ser aprovada. "Vários parlamentares já sinalizaram receptividade e podem contribuir com os projetos".

Acompanhe tudo sobre:Ministério da Justiça e Segurança PúblicaSergio Moro

Mais de Brasil

Preços dos alimentos cairão mais nas próximas semanas, diz ministro

Governo manda ONS tomar medidas para diminuir 'desligamentos' de parques eólicos e solares

Tribunal de Justiça de São Paulo mantém proibição de moto por aplicativo na capital

Conselho de Ética da Câmara aprova parecer pela cassação de Glauber Braga, que promete greve de fome