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Em ano violento, cai ritmo de apreensão de projéteis no Rio

As apreensões no Rio vinha crescendo entre 2014 e o último ano, passando de 139,7 mil munições para 175,7 mil

Armas sendo destruídas: no primeiro semestre deste ano, o total chegou a 71,1 mil (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Armas sendo destruídas: no primeiro semestre deste ano, o total chegou a 71,1 mil (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 10h49.

São Paulo - As polícias do Rio apreenderam de janeiro de 2014 a junho deste ano 548.777 munições, o equivalente a 430 balas por dia ou uma para cada 30 habitantes do Estado. Mais da metade dessa quantidade (64%) é de calibres restritos e metade das apreensões se concentra na área de 20 das 138 delegacias do Estado.

A análise foi feita pelo Instituto Sou da Paz a partir de dados do Instituto de Segurança Pública do Rio. A pesquisa mostra ainda que, no ano em que a violência voltou a se crescer, levando mais medo aos fluminenses, o ritmo da retirada das munições ilegais de circulação caiu.

As apreensões no Rio vinha crescendo entre 2014 e o último ano, passando de 139,7 mil munições para 175,7 mil. No primeiro semestre deste ano, o total chegou a 71,1 mil e, se esse ritmo continuar, deve ser suficiente só para retornar ao patamar de três anos atrás.

"Em cenário de recrudescimento da violência, a hipótese é de menos eficiência da polícia, provavelmente impactada pela crise fiscal (atraso de salário, problemas de viatura, entre outros). Isto porque outros indicadores operacionais caíram no mesmo período (como apreensão de armas, ainda que em menor proporção) em contrapartida aos tiroteios e mortes violentas que só crescem", detalha a pesquisa. A munição farta representa mais potencial de as quadrilhas se enfrentarem e confrontarem a polícia.

Foram apreendidas 150.593 unidades de calibre 9 milímetros, de uso restrito de policiais federais e das Forças Armadas. Um modo de reduzir a força das facções , diz o estudo, é dificultar o fornecimento de munição. A Secretaria da Segurança do Rio não comentou o estudo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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