Brasil

Em ação de Valério, PT atribui empréstimos a Delúbio

Na defesa, o partido disse que não celebrou contratos com as empresas, deixando para Delúbio a responsabilidade única pelas transações

Marcos Valério: o processo foi movido em dezembro de 2005, meses depois de eclodir o escândalo do mensalão (José Cruz/ABr)

Marcos Valério: o processo foi movido em dezembro de 2005, meses depois de eclodir o escândalo do mensalão (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2012 às 11h51.

Brasília - Em ação que corre na Justiça do DF desde 2005, o Diretório Nacional do PT afirmou que o ex-tesoureiro Delúbio Soares não tinha "poderes estatutários" para contrair empréstimos em nome do partido. A manifestação do PT ocorreu em processo movido pela SMP&B Comunicação, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, pela Graffiti Participações e pela Rogério Lanza Tolentino & Associados.

A SMP&B foi à Justiça cobrar do PT mais de R$ 100 milhões, alegando que o partido havia tomado empréstimos nos bancos Rural e BMG, tendo a empresa como avalista. São R$ 55,9 milhões pelos empréstimos e R$ 44,1 milhões de juros, correção monetária e encargos.

O processo foi movido em dezembro de 2005, meses depois de eclodir o escândalo do mensalão. Na defesa, o PT disse que não celebrou contratos com as empresas, deixando para Delúbio a responsabilidade única pelas transações. O advogado de Delúbio, Arnaldo Malheiros Filho, contesta a suposta autonomia de Delúbio. "Está, sim, tendo um movimento para culpabilizá-lo", afirmou.

Os recursos, segundo Malheiros, foram tomados para custear despesas de campanha de partidos aliados como diretriz da Executiva Nacional petista. Ele ressaltou que o ex-tesoureiro tomou empréstimos nos bancos, mas não diretamente nas agências. Na primeira e na segunda instâncias da Justiça do DF, o partido venceu a batalha contra as agências que conseguiram, contudo, em 2011que as decisões fossem anuladas no Superior Tribunal de Justiça. O STJ argumentou que o juiz da causa não poderia ter julgado o processo antes das perícias contábeis, que ele mesmo tinha liberado. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoEscândalosFraudesPartidos políticosPolíticaPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Após 99, Uber volta a oferecer serviço de mototáxi em SP

Após prever reforma ministerial até dia 21, Rui Costa diz que Lula ainda começará conversas

Fuvest antecipa divulgação da lista de aprovados na 1ª chamada do vestibular para esta quarta

Governo Lula se preocupa com o tom usado por Trump, mas adota cautela e aguarda ações práticas