IBGE: Idosos representarão 33% de toda a população residente no país em 2060 (AndreyPopov/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2015 às 09h00.
Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 12h08.
São Paulo – O perfil da população brasileira deve mudar bastante nos próximos 45 anos. Segundo dados da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, divulgada nesta sexta-feira, os idosos representarão 33% de toda a população residente no país em 2060.
Atualmente, essa parcela gira em 13%, portanto o aumento populacional está estimado em mais de 150%.
A previsão está baseada em dados já divulgados pelo instituto no estudo “Projeção da População do Brasil por sexo e idade para o período 2000/2060”, que afirma também que o brasileiro terá um aumento significativo da expectativa de vida do brasileiro no mesmo período.
Os atuais 75,2 anos de idade de esperança devem subir a 81 anos até lá.
Enquanto cresce o número de idosos, porém, a população jovem e com tempo de trabalho para contribuição aos cofres públicos deve ter seu contingente reduzido. Hoje, para cada 100 integrantes da População Economicamente Ativa (PEA), há 21 idosos em situação de dependência por aposentadoria. Aí mora o problema: em 2060, serão 63 para cada 100.
Se por um lado as menores taxas de natalidade geram menos despesa com o sustento de crianças e adolescentes, reduzindo pela metade sua participação no montante total de dependentes, cai também a quantidade de mão de obra para pagar impostos.
Se hoje em dia, que a Previdência Social já é responsável por um rombo de R$ 70 bilhões nas contas governamentais, a proporção de dependentes (jovens e idosos) é de 54 para 100 trabalhando, em 2060, haverá 87 para cada 100.
Sem uma reforma no sistema de previdência, o trabalho do mesmo número de pessoas precisará render 60% mais só para cobrir gastos com dependentes.
Veja os dados nos gráficos abaixo e entenda melhor a questão.