Alckmin: "quem dá concessão é a Aneel, não é o Estado. A Aneel pode até cassar a concessão", afirmou (Wilson Dias/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 13h58.
São Paulo - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, informou nesta quarta-feira, 14, que vai encaminhar a auditoria feita pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado (Arsesp) sobre a Eletropaulo para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
"Realmente temos tido ventos muito fortes, queda de árvores, mas, de outro lado, está muito claro que a concessionária não tem atendido a população a contento", disse o governador sobre os serviços prestados pela Eletropaulo.
O governador chamou o governo federal à responsabilidade ao lembrar que as concessionárias de energia são reguladas por agências federais. "Quem dá concessão é a Aneel, não é o Estado. A Aneel pode até cassar a concessão", afirmou.
Alckmin disse ainda que o recurso que sobra ao governo estadual nesses casos é multar através da fundação de proteção ao consumidor Procon.
Ele citou uma multa de R$ 3,4 milhões aplicada hoje à Eletropaulo pela demora no restabelecimento do fornecimento de energia a um hospital em Osasco, na Grande São Paulo.
A capital e a região metropolitana têm sofrido com quedas constantes de energia, desde o início do ano, por causa das chuvas e ventos fortes. Há relatos em diversos bairros de que a energia demora dias a voltar.
Segurança Pública
Alckmin foi questionado também sobre a atuação da Polícia Militar na contenção de violência em manifestações populares e voltou a defender a atuação dos policiais.
Houve reclamações de manifestantes que acusaram policiais de truculência no trato da população. A PM, por sua vez, diz ter atuado para conter vândalos e os black blocs.
Segundo o governador, a polícia está bem treinada e equipada para defender a segurança de quem apenas se manifesta, mas não tolera atitudes criminosas.
"A polícia tem separado muito bem, uma coisa é manifestação e outra coisa são infiltrados, que deturpam a manifestação para fazer ação criminosa", disse Alckmin.