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Da Redação
Publicado em 6 de março de 2013 às 21h05.
Brasília - Dos 19 novos presidentes eleitos nesta quarta-feira para comandar comissões permanentes da Câmara, 3 pelo menos foram alvo recente de denúncias de malversação de recursos públicos.
É o caso de Gabriel Chalita (PMDB-SP), eleito para comandar a Comissão de Educação; João Magalhães (PMDB-MG), que vai presidir Finanças e Tributação; e Sérgio Moraes (PTB-RS), que ficou responsável pelo Desenvolvimento Urbano.
Deputados condenados pelo mensalão, como os petistas José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (SP), vão integrar a poderosa Comissão de Constituição e Justiça.
Das 21 comissões permanentes da Câmara, apenas Direitos Humanos e Relações Exteriores não elegeram nesta quarta seus novos presidentes.
Exercendo seu primeiro mandato de deputado, o ex-jogador Romário irá presidir a Comissão de Turismo e Desporto. A expectativa é que ele transforme a comissão numa tribuna para criticar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Depois do "fogo amigo" que impediu sua nomeação para o Ministério da Ciência e Tecnologia, o deputado Chalita ganhou como prêmio de compensação a presidência da Comissão de Educação da Câmara. Ao assumir nesta quarta, ele fez um discurso se defendendo das acusações de desvios de recursos quando ocupou a secretaria de Educação de São Paulo, entre 2002 e 2006.
Eleito com 24 votos a favor e dois em branco, o deputado rebateu as acusações ao sentar na cadeira de presidente do colegiado. "Fui acusado por um movimento político", disse o parlamentar, mencionando o fato de as denúncias terem sido encaminhadas ao Ministério Público em setembro do ano passado, quando ele disputava a Prefeitura de São Paulo.
O deputado peemedebista disse já ter sido inocentado de diversas acusações e que sofre com as acusações. "Sou humano. É doloroso, a injustiça dói. Nada é mais doloroso que a injustiça." O deputado concluiu seu discurso dizendo ter confiança na Justiça e foi aplaudido pelos colegas.
Crime financeiro
Alvo de três inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) por peculato, tráfico de influência e crime contra o sistema financeiro, João Magalhães vai comandar a Comissão de Finanças e Tributação. Seu nome também foi citado durante o escândalo da máfia das ambulâncias como beneficiário de recursos desviados de emendas de parlamentares. No ano passado, o Supremo arquivou por falta de provas processo criminal o peemedebista. Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal de omitir despesas da campanha de 2006 para a Justiça Eleitoral.
Escolhido pelo PTB para presidir a Comissão de Desenvolvimento Urbano, Sérgio Moraes ficou famoso, em 2009, quando disse que estava "se lixando para a opinião pública". Na ocasião, ele era relator de um processo contra Edmar Moreira, que ficou conhecido com o "deputado do castelo". Ele também foi absolvido pelo STF em um processo no qual era acusado de usar bem público em benefício próprio. D