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Eleições: tudo em aberto nos municípios

Recesso em Brasília, hora de voltar as atenções aos municípios. São Paulo, neste caso, é um retrato do Brasil – este certamente não será um ano típico. Na maior cidade do Brasil, tanto os tucanos quanto o PT, do atual prefeito Fernando Haddad, estão muito enfraquecidos. O pré-candidato do PSDB para a prefeitura de São Paulo, João […]

Fernando Haddad: ele disse que os adversários de Lula têm chances reais de batê-lo nas urnas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Fernando Haddad: ele disse que os adversários de Lula têm chances reais de batê-lo nas urnas (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2016 às 06h18.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h41.

Recesso em Brasília, hora de voltar as atenções aos municípios. São Paulo, neste caso, é um retrato do Brasil – este certamente não será um ano típico. Na maior cidade do Brasil, tanto os tucanos quanto o PT, do atual prefeito Fernando Haddad, estão muito enfraquecidos. O pré-candidato do PSDB para a prefeitura de São Paulo, João Dória, será sabatinado hoje. Seu maior desafio é se se fazer conhecer pelos paulistanos.

Apesar de dominarem o governo estadual há 21 anos, os tucanos têm desempenho pouco respeitável na prefeitura: apenas José Serra foi eleito – e saiu com apenas 15 meses de mandato para disputar a presidência, em 2006. Doria também terá de pacificar uma guerra interna entre diversas frentes do partido.

Para os petistas, a derrota de Haddad ser pode ser devastadora (ele tem apenas 8% das intenções de voto segundo a última pesquisa do Datafolha). Sua candidatura é um termômetro para a sobrevivência do partido após o afastamento de Dilma Rousseff e o enfraquecimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como deve perder muitas disputas municipais, a legenda aposta alto em São Paulo. O PT já teve quatro prefeitos na capital.

As pesquisas colocam no topo o deputado federal Celso Russomanno, seguido de Marta Suplicy, do PMDB, Luiza Erundina, do Psol, Haddad, Doria e Andrea Matarazzo, do PSD. Segundo o Datafolha, Haddad perderia em todos os cenários de segundo turno. Doria venceria apenas Haddad.

A pulverização deve ser a marca dessas eleições Brasil afora. Com campanhas mais baratas sem o financiamento de empresas, e mais curtas, já que a corrida encolheu de 90 para 45 dias, as chances de a máquina pública não ser suficiente para eleger e reeleger candidatos aumentam. Os especialistas concordam que essa disputa será um laboratório no qual tudo será possível.

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