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Eleições: Tráfico e milícia dominam 1 a cada 7 locais de votação no Rio

Candidatos suspeitos de ligação com tráfico e milícia se lançam na capital e Baixada

Rio de Janeiro: cooperação das polícias será importante para orientar a fiscalização em áreas críticas, diz procuradora regional eleitoral (Ricardo Moraes/Reuters)

Rio de Janeiro: cooperação das polícias será importante para orientar a fiscalização em áreas críticas, diz procuradora regional eleitoral (Ricardo Moraes/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 13 de setembro de 2020 às 15h23.

Última atualização em 13 de setembro de 2020 às 15h24.

Faltando pouco mais de dois meses para as eleições municipais, Ministério Público, Justiça Eleitoral e autoridades de segurança reconhecem um desafio enorme na tentativa de identificar e impedir o direcionamento de votos pelo crime organizado. Segundo um relatório da Polícia Civil do Rio de Janeiro, um a cada sete locais de votação no estado fica em área sob influência de tráfico ou milícia. Em meio à pandemia da Covid-19, que trouxe obstáculos para o acesso a saúde, emprego e alimentação em bairros e favelas onde lideranças criminosas estão estabelecidas, especialistas alertam para um “terreno fértil” à proliferação de candidaturas ligadas ao poder paralelo.

O relatório da Polícia Civil, assinado pelo subsecretário de Planejamento e Integração Operacional, Felipe Curi, foi enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin no âmbito da ação que limitou operações policiais em favelas na pandemia. Segundo a procuradora regional eleitoral do Rio, Silvana Battini, as restrições causadas pela pandemia podem deslocar substancialmente as campanhas para o ambiente virtual, exigindo formas de monitoramento que vão além da presença física de agentes e do MP. Para Silvana, a cooperação das polícias será importante para orientar a fiscalização em áreas críticas.

 

 

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