Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante entrevista coletiva em Brasília 08/10/2021 (Ueslei Marcelino/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 19 de abril de 2022 às 13h56.
Última atualização em 19 de abril de 2022 às 15h26.
Após se reunir na manhã desta terça-feira com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força, afirmou que o partido estará na aliança do petista.
Paulinho havia sido vaiado na semana passada em encontro de Lula com sindicalistas. Depois disso, passou a colocar em dúvida a adesão à candidatura do ex-presidente. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também participou da conversa.
"Esclareci alguns pontos. Eu venho colocando a questão da ampliação da aliança. É o desejo tanto da Gleisi como do presidente Lula. Hoje selamos nossos compromissos. Vamos fazer o evento da executiva nacional do Solidariedade no próximo dia 3 para definitivamente selar a aliança com Lula."
Eurasia: Lula tem 70% de chances de vencer, apesar da melhora de Bolsonaro
Ao chegar para a reunião nesta terça-feira, Paulinho disse acreditar que "parte do PT está de salto alto".
"Foi uma parte militância do PT e não era povo. Era militante. Eu sei como funciona isso. E o mais grave foi não ter sido defendido pelo Lula ou por alguém do PT."
Na reunião, Lula argumentou que a vaias não tinham sido tão intensas, por isso não viu motivo para defendê-lo. Também alegou que o ato era organizado por sindicalistas e que o PT não tinha controle completo sobre as pessoas presentes.
Na segunda-feira, Paulinho havia se reunido em São Paulo com o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) e com o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, que ainda sonha em disputar a eleição presidencial. Na conversa desta terça-feira, Lula elogiou a postura de Paulinho de dialogar com diferentes forças políticas e disse que isso pode ser útil num eventual segundo turno.