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Eleição no Tocantins deve antecipar desencanto do eleitor

Neste domingo, Tocantins irá decidir quem será o governador até o fim de 2018. Na 1ª rodada, o destaque foi o elevado índice de votos brancos e nulos

Eleições: Tocantins vai decidir, neste domingo, entre o deputado estadual e governador interino Mauro Carlesse (PHS) e o senador Vicentinho Alves (PR) (Nelson Junior/VEJA)

Eleições: Tocantins vai decidir, neste domingo, entre o deputado estadual e governador interino Mauro Carlesse (PHS) e o senador Vicentinho Alves (PR) (Nelson Junior/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2018 às 05h59.

Última atualização em 22 de junho de 2018 às 16h39.

Mais um estado brasileiro terá eleição extraordinária. Depois do Amazonas, em agosto do ano passado, o Tocantins decide neste domingo, em segundo turno, quem será o governador até o fim de 2018. O cargo ficou vago em março, quando o Tribunal Superior Eleitoral cassou o mandato do governador Marcelo Miranda (MDB), e sua vice, Cláudia Lelis (PV). Por 5 a 2, a dupla perdeu os diplomas em um processo por caixa dois.

A primeira votação aconteceu no último dia 3. A disputa agora será entre o deputado estadual e governador interino Mauro Carlesse (PHS), que teve 30,31% dos votos, e o senador Vicentinho Alves (PR), 22,22%. Eleito agora, o vencedor pode concorrer à reeleição em outubro, mas não poderá brigar pelo cargo em 2022. Por ora, o TSE entende que não seria possível ao vencedor do pleito extraordinário disputar mais uma vez.

O destaque da primeira rodada de votação em Tocantins, porém, foi o elevado índice de votos brancos e nulos. Foram 19,19% dos eleitores que não escolheram nenhum dos nomes colocados em votação, mesmo com políticos tradicionais do estado na concorrência. Além dos classificados para o segundo turno, só Carlos Amastha (PSB) teve mais votos (21,41%) que o grupo de branco e nulo. A senadora e ex-ministra Kátia Abreu (PDT), por exemplo, fechou a apuração com 15,66%.

Em 2014, o índice de brancos e nulos no Tocantins foi de 12,2%. Para presidente, foi ainda menor: 9,6%. Mas o número do início do mês, quase em 20% mostra que o sentimento de desencantamento com a política é um gatilho para que o eleitor escolha não votar. Para analistas políticos, a eleição deste domingo é um segundo prenúncio do que serão as eleições a deputados, senadores, governadores e presidente em outubro.

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