Eike Batista chega ao presídio Ary Franco, no Rio de Janeiro (Ueslei Marcelino/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 30 de janeiro de 2017 às 12h23.
Última atualização em 30 de janeiro de 2017 às 16h02.
O empresário Eike Batista deu entrada na manhã de hoje (30), por volta de 11h20, no Presídio Ary Franco, em Água Santa, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.
Eike chegou pela manhã ao Rio de Janeiro, de um voo vindo de Nova York, e foi preso logo que desembarcou do avião, por agentes da Polícia Federal, ainda na pista do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão.
Depois de ser preso no Galeão, Eike foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML, no centro da cidade, onde chegou por volta das 10h30. O empresário foi submetido a um exame de corpo de delito, que é um procedimento obrigatório para se verificar o estado físico do preso antes que ele ingresse no sistema penitenciário. O exame durou cerca de meia hora.
Eike, que estava em Nova York, era considerado foragido desde a última quinta-feira (26), quando policiais federais tentaram cumprir o mandado de prisão expedido pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e não o encontraram em casa.
A prisão do empresário foi determinada no âmbito da Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute, fase da Lava Jato, que investiga propinas pagas por grandes empreiteiras a partidos e políticos para obter contratos da Petrobras.
Dono do grupo EBX, Eike Batista é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que envolve o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que está preso.
Eike e o executivo Flávio Godinho, seu braço direito no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando uma conta fora do país. Os três também são suspeitos de terem obstruído as investigações.
O empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que evolve o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que está preso.
Eike e o executivo Flávio Godinho, seu braço direito no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando uma conta fora do país. Os três também são suspeitos de terem obstruído as investigações.
Os advogados informaram que Eike havia viajado a trabalho para Nova York e que voltaria ao Brasil para se entregar. A Polícia Federal o considerou foragido e pediu a inclusão de seu nome na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional.
Eike, de 60 anos, já foi considerado o homem mais rico do Brasil e, em 2012, o sétimo mais rico do mundo pela revista Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões.
As empresas do grupo EBX atuam na área de mineração, petróleo, gás, logística, energia e indústria naval. Entre 2013, entretanto, os negócios entraram em crise e Eike começou a deixar o controle das companhias e vender o patrimônio.