Brasil

Educadores do Semiárido baiano fazem ato em Brasília

Cerca de 500 educadores de escolas públicas da Chapada da Diamantina e do Semiárido baiano foram até Brasília


	Manifestantes acendem sinalizadores em protesto em frente ao Congresso Nacional, em Brasília
 (REUTERS)

Manifestantes acendem sinalizadores em protesto em frente ao Congresso Nacional, em Brasília (REUTERS)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2014 às 17h45.

São Paulo - Cerca de 500 educadores de escolas públicas da Chapada da Diamantina e do Semiárido baiano fizeram hoje (17), em Brasília, um ato em defesa da educação.

Vestindo camisetas do movimento Educação em Nossas Mãos, o grupo portava faixas e cartazes em que pediam mais investimentos no setor. A chegada de outros dois ônibus, com cerca de 90 pessoas, é esperada ainda hoje.

O grupo chegou à capital federal de madrugada. Os manifestantes ocuparam uma das seis faixas do Eixo Monumental, uma das principais vias da região central de Brasília, e marcharam da Catedral Metropolitana até o Congresso Nacional.

“Viemos a Brasília, centro decisório do país, com o intuito de influenciar nossos governantes”, disse à Agência Brasil a diretora do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa, Cybele Amado de Oliveira, explicando que o grupo já fez outros atos no interior baiano. “Mas aqui estão o Congresso Nacional, os ministérios, todos [os órgãos e pessoas] que deveriam estar absolutamente voltados para a educação.”

O grupo armou uma grande lona no gramado central da Esplanada, onde irá organizar uma série de debates.

Na segunda-feira (19), os representantes do movimento têm reuniões agendadas com senadores. E esperam ser recebidos pelo ministro da Educação, Henrique Paim, a quem querem entregar um documento com algumas das principais propostas do movimento, como a vinculação do pagamento do Bolsa Família a resultados efetivos na escola além da frequência e a garantia legal de que programas e ações de governo, nas três esferas, tenham continuidade após mudanças de governo. Uma versão final do documento deverá ser entregue aos candidatos à presidência da República.

“Estamos discutindo algo como uma lei que acabe com a descontinuidade que afeta a educação brasileira. Após cada eleição, principalmente municipais, aulas são paralisadas, a distribuição de merenda e material escolar é descontinuada, mudam-se programas e o transporte escolar é interrompido”, acrescentou Cybele.

Ao falar sobre as carências da educação brasileira, Cybele comentou a prisão, esta semana, dos prefeitos das cidades baianas de Fátima e de Sítio do Quinto, além de ex-prefeitos, vereadores, secretários municipais e funcionários públicos desses e de mais 18 municípios baianos, por suspeita de participação em um esquema que, segundo a Polícia Federal (PF), desviou pelo menos R$ 70 milhões dos cofres das prefeituras.

Ainda de acordo com a PF, boa parte do dinheiro foi desviada do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Edução (Fundeb), entre 2009 e 2014.

“Todo esse grupo aqui acompanha as comissões que, nos municípios da Chapada Diamantina, regulam os recursos públicos. Sabemos, portanto, dos desafios para o setor.

Na situação que vivemos hoje, com tantas demandas, vemos recursos sendo desviados. Por isso é necessário que haja comitês eficientes para que a sociedade possa monitorar a aplicação do dinheiro público”, concluiu a diretora.

Acompanhe tudo sobre:Brasíliacidades-brasileirasEducaçãoProtestosProtestos no Brasil

Mais de Brasil

Enem 2024: prazo para pedir reaplicação de provas termina hoje

Qual é a multa por excesso de velocidade?

Política industrial tem de elevar produtividade e alterar potencial energético, diz Cagnin, do Iedi