Rio de Janeiro - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, minimizou nesta sexta-feira a preocupação com os possíveis protestos contra a Copa do Mundo, durante entrevista coletiva concedida no lançamento do "Manual de Procedimentos para Grandes Eventos", com regras de trânsito e de segurança na cidade.
Perguntado sobre a possibilidade de as manifestações, que aconteceram durante a Copa das Confederações, se repetirem, Paes lembrou que o Brasil é uma democracia consolidada, por isso, todos "têm e terão direito" de realizar protestos.
O prefeito, no entanto, disse que não serão aceitos atos de violência, lembrando especificamente o caso do cinegrafista Santiago Andrade, da "Rede Bandeirantes", morto após ser atingido por um rojão lançado por manifestantes em fevereiro.
"As pessoas têm o direito de protestar contra a Copa do Mundo. É claro que existe uma parcela população que é contra a Copa. Não tenho nenhum medo quanto a isso. O que não pode acontecer é que manifestantes matem um cinegrafista, como aconteceu", garantiu.
O chefe do executivo municipal, ainda garantiu que, caso haja novos casos de violência, "será inaceitável e as forças de segurança atuarão" na repressão.
Para aumentar a segurança nos dias de jogo, serão proibidos a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos arredores do estádio do Maracanã. Além disso, o efetivo normal de policiais será reforçado com 700 oficiais.
Durante a coletiva, Paes criticou propagandas enganosas de excursões para a Copa, que estão oferecendo vantagens a torcedores que infringem normas estabelecidas pelas autoridades municipais.
"Tem agência de viagem vendendo pacote dizendo que vai deixar o cliente na porta do estádio. Isso não vai acontecer, porque não passará pelos pontos de bloqueio de trânsito", alertou.
O acesso ao Maracanã estará fechado para veículos - exceto carros oficiais e de serviço da Fifa - e só será possível chegar ao local através de transporte público durante os dias em que houver partidas da Copa.
Paes acrescentou que o acesso ao palco da final da Copa também estará proibido para ônibus particulares fretados por agências de viagens. Segundo o governante, esse tipo de veículo será orientado para estacionar em outra área.
Para compensar a impossibilidade de chegar ao estádio, a prefeitura fortalecerá o transporte público e dará prioridade ao metrô com uma especial cobertura às linhas que levam até a Maracanã.
Além disso, os sistemas de corredor exclusivo para ônibus (BRT Transcarioca) que estão sendo construídos na cidade, terão um papel importante. Segundo garantiu Paes, as obras para sua implantação estarão pronta para o campeonato de seleções.
Essas linhas reforçarão especialmente os trajetos dos dois aeroportos da cidade, o aeroporto Internacional do Galeão e o Santos Dumont até o estádio.
O prefeito destacou o papel fundamental da experiência adquirida com a organização da Copa das Confederações, quando o Maracanã recebeu, inclusive, a final entre Brasil e Espanha. Durante a Copa do Mundo, por exemplo, o modelo de transportes será o mesmo, com alguns "ajustes" e a entrada em vigor do BRT.
Além disso, a Prefeitura do Rio produzirá guias, mapas e folhetos para orientar os turistas para que não se percam durante suas visitas à cidade. Para complementar a informação, a capital fluminense lançará um aplicativo para telefones celulares com o qual os torcedores poderão ter informações sobre a cidade.
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1. Partidas caras
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1/13 (Glauber Queiroz/Portal da Copa/ME)
São Paulo - Embora a construção ou a reforma de estádios para a
Copa do Mundo seja encarada como um dos legados que o Mundial deixará para o país, é inegável que as 12 arenas só estão prontas (ou quase) agora por causa do grande evento de junho. Não fosse isso, sabe-se lá quando o Brasil teria
estádios modernos - cujos projetos foram feitos, aliás, de forma a atender ao padrão Fifa, que determina, entre outras coisas, o tamanho mínimo daqueles que podem ser palco de jogos especiais, como a abertura e a final.
A partir destas considerações, EXAME.com levantou o custo das obras e dividiu pelo número total de jogos que cada estádio vai receber daqui a cerca de três meses. Chega-se, assim, às partidas mais caras da Copa. Sob esta perspectiva, cada jogo no Mané Garrincha, em
Brasília, sairá por R 200 milhões.
É preciso considerar que esta conta por jogo não inclui nenhum outro gasto além dos colocados diretamente nos estádios. Somados, o custo de todos eles ultrapassou R$ 8 bilhões, mas nem tudo é verba pública. Especialistas temem que alguns dos estádios se tornem elefantes brancos após a Copa, principalmente em lugares sem tradição futebolística. O governo defende, porém, que eles são agora arenas multiuso e que serão economicamente viáveis ao receber, além de jogos de
futebol, shows e eventos. O Mané Garrincha, por exemplo, já recebeu 5 eventos (3 shows internacionais entre eles) desde que foi inaugurado em maio de 2013 (além das partidas de futebol).
Atualizado dia 11/3, às 11h45
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2. 1º Mané Garrincha (Brasília) - R$ 200 milhões por jogo
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2/13 (Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)
Custo do estádio: R$ 1,4 bilhão Número de jogos: 7 (incluindo um nas oitavas, semi final e disputa pelo 3º lugar) Jogos da 1ª fase: Suíça x Equador, Colômbia x Costa do Marfim, Camarões x Brasil, Portugal x Gana.
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3. 2º Maracanã (Rio de Janeiro) - R$ 170 milhões por jogo
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3/13 (Tânia Rego/ABr)
Custo do estádio: R$ 1,19 bilhão Número de jogos: 7 jogos (incluindo um nas oitavas, semi-final e a grande final) Jogos da 1ª fase: Argentina x Bósnia e Herzegovina, Espanha x Chile, Bélgica x Rússia, Equador x França
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4. 3º Arena da Amazônia (Manaus) - R$ 167,3 milhões por jogo
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4/13 (REUTERS/Bruno Kelly)
Custo do estádio: R$ 669,5 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Inglaterra x Itália, Camarões x Croácia, EUA x Portugal, Honduras x Suiça
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5. 4º Arena Pantanal (Cuiabá) - R$ 142,5 milhões
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5/13 (REUTERS/Stringer)
Custo do estádio: R$ 570 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Chile x Austrália, Rússia x Coréia do Sul, Nigéria x Bósnia e Herzegovina, Japão x Colômbia.
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6. 5º Arena Corinthians (São Paulo) - R$ 136,6 milhões por jogo
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6/13 (Divulgação/ Odebrecht)
Custo do estádio: R$ 820 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e uma semi-final) Jogos da 1ª fase: Brasil x Croácia, Uruguai x Inglaterra, Holanda x Chile, Coréia do Sul x Bélgica
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7. 7º Arena Pernambuco (Recife) - R$ 106,5 milhões por jogo
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7/13 (REUTERS/Ricardo Moraes)
Custo do estádio: 532,6 milhões Número de jogos: 5 (incluindo uma oitava de final) Jogos da 1ª fase: Costa do Marfim x Japão, Itália x Costa Rica, Croácia x México, EUA x Alemanha.
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8. 8º Arena das Dunas (Natal) - R$ 100 milhões por jogo
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8/13 (Portal da Copa)
Custo do estádio: R$ 400 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: México x Camarões, Gana x EUA, Japão x Grécia, Itália x Uruguai
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9. 9º Arena Fonte Nova (Salvador) - R$ 98,6 milhões por jogo
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9/13 (Governo Federal/Portal da Copa)
Custo do estádio: R$ 591,7 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e um nas quartas-de-final) Jogos da 1ª fase: Espanha x Holanda, Alemanha x Portugal, Suiça x França, Bósnia e Herzegovina x Irã
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10. 10º Arena Castelão (Fortaleza) - R$ 96,4 milhões por jogo
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10/13 (Danilo Borges/Portal da Copa)
Custo do estádio: R$ 518,6 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e um nas quartas-de-final) Jogos da 1ª fase: Uruguai x Costa Rica, Brasil x México, Alemanha x Gana, Grécia x Costa do Marfim.
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11. 11º Arena da Baixada (Curitiba) - R$ 82,5 milhões por jogo
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11/13 (Divulgação/ CAP)
Custo do estádio: R$ 330 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Irã x Nigéria, Honduras x Equador, Austrália x Espanha, Argélia x Rússia.
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12. 12º Beira-Rio (Porto Alegre) - R$ 66 milhões por jogo
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12/13 (Evandro Oliveira/PMPA)
Custo do estádio: R$ 330 milhões Número de jogos: 5 (incluindo um das oitavas de final) Jogos da 1ª fase: França x Honduras, Austrália x Holanda, Coréia do Sul x Argélia, Nigéria x Argentina
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13. Veja agora quais são os estádios da Copa que mais utilizaram recursos públicos
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13/13 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)