Levy Fidelix (d) cumprimenta o pastor Everaldo: Levy respondeu que o candidato do PV não tem "moral" para questioná-lo (REUTERS/Ricardo Moraes)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2014 às 07h32.
Última atualização em 2 de fevereiro de 2018 às 17h35.
São Paulo - O candidato do PRTB, Levy Fidelix, foi interpelado no primeiro bloco do debate da TV Globo sobre sua fala contra homossexuais no debate anterior, da TV Record, no domingo, 28. Na primeira pergunta dirigida a Levy, Eduardo Jorge (PV) propôs que Levy pedisse perdão pelo que disse. "O senhor extrapolou todos os limites. Com sua fala, agredindo o púlbico LGBT, agrediu a 99,9% dos cidadãos", disse Jorge.
Levy respondeu que o candidato do PV não tem "moral" para questioná-lo. "O senhor propõe que o jovem fume maconha. Propõe o aborto", disse ao acusar Jorge de fazer apologia ao crime ao defender a pauta da descriminalização do aborto e de legalizar o uso da maconha.
O candidato do PRTB disse que não fez nenhuma apologia, mas que apenas defendeu sua posição cristã e seu direito a livre expressão, citando artigos da Constituição e do Código Civil para sustentar sua argumentação.
Na réplica, Jorge disse que encontrará Levy na Justiça quando o Ministério Público der seguimento à solicitação processual colocada pelo PV contra a fala do candidato do PRTB.
Na sequência, foi a vez de Levy questionar a candidata do PSOL, Luciana Genro. Ele fez uma acusação, que chamou de "denúncia", dizendo que o ex-marido de Luciana havia pedido para ele não escolher Marina para dirigir sua última pergunta no debate da Record, pois Luciana gostaria de questionar a ex-ministra sobre economia. Levy deu a entender que teria aceito a proposta e reclamou que Luciana quebrou o acordo, questionando Marina sobre outro tema.
Luciana deu pouca atenção e simplesmente negou a acusação de Levy. A candidata do PSOL usou seu tempo para reforçar o coro de críticas à fala homofóbica de Levy. "Teu discurso de ódio foi o mesmo de nazistas contra judeus, de brancos contra negros", apontou Luciana, que lamentou que homofobia não é crime e disse que Levy deveria ter saído algemado do debate da Record.
Levy repetiu que não cometeu nenhuma apologia. Luciana, por sua vez, disse que foi "criminosa" a suspensão promovida pelo governo Dilma Rousseff (PT) do programa que promoveria discussão sobre homofobia nas escolas.