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Eduardo Cunha diz que Dilma o chamou para conversar

"Ela chamou para hoje, mas estou fora. Amanhã, quando chegar, verei", afirmou o deputado que está nos EUA para participar de uma conferência


	Eduardo Cunha: este pode ser o primeiro encontro dos dois desde que Cunha rompeu oficialmente com o governo Dilma em julho
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Eduardo Cunha: este pode ser o primeiro encontro dos dois desde que Cunha rompeu oficialmente com o governo Dilma em julho (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2015 às 17h31.

São Paulo - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), confirmou que a presidente Dilma Rousseff o chamou para uma conversa nesta segunda-feira, 31.

Ao jornal "O Estado de S. Paulo", Cunha afirmou que recebeu o convite, mas como está em Nova York, nos EUA, só responderá amanhã.

"Ela chamou para hoje, mas estou fora. Amanhã, quando chegar, verei", afirmou o deputado. Ele está nos EUA desde o fim de semana para participar de uma conferência com chefes de parlamentos de todo o mundo na sede da Organização das Nações Unidas (ONU).

Este pode ser o primeiro encontro dos dois desde que Cunha rompeu oficialmente com o governo Dilma em julho. O presidente da Câmara afirma que é perseguido e defende que o Planalto trabalha nos bastidores para incriminá-lo na operação Lava Jato.

O rompimento ocorreu depois que o ex-consultor da Toyo Setal Júlio Camargo relatou à Justiça Federal do Paraná que Cunha lhe pediu propina de US$ 5 milhões.

O parlamentar e o governo, no entanto, estão em confronto desde a eleição do deputado para a presidência da Câmara. Depois, o peemedebista aprovou uma série de pautas reprovadas pelo governo.

A expectativa é de que os dois conversem sobre o anúncio de que o Planalto irá enviar à Câmara uma proposta de orçamento para 2016 com previsão deficitária.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou também nesta segunda-feira que a proposta é "extremamente preocupante", mas que é algo necessário para a transparência.

"É para registrar a transparência absoluta das questões orçamentárias, ou seja, não há mais maquiagem nas contas", disse Temer em evento promovido pela revista Exame.

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